DA REDAÇÃO

A Justiça da Colômbia abriu uma investigação preliminar sobre o atual embaixador colombiano no Brasil, Tony Jozame, por suposto envolvimento em esquema de corrupção para aprovar a emenda que permitiu a reeleição do presidente Álvaro Uribe, em 2006.
Três ex-congressistas foram condenados nas últimas semanas pela Suprema Corte por envolvimento no escândalo: Teodolindo Avendaño, Iván Díaz e Yidis Medina. Segundo confessou Medina, parlamentares e seus aliados políticos receberam do governo cargos burocráticos ou diplomáticos em troca do voto favorável à reeleição.
Medina acusou Jozame -que à época do projeto era parlamentar- de ter mudado seu voto em favor do governo. Em e-mail à Folha, Jozame afirmou que não foi convocado oficialmente pela Justiça e que, na sessão em que esteve presente, votou contra a reeleição. "Há pessoas que querem prejudicar a mim e ao governo, mas os fatos falam por si", escreveu.
Jozame se opôs à emenda em primeiro turno, mas faltou à segunda votação, e seu suplente votou a favor, segundo a imprensa local. A proposta foi aprovada em 2004, por 113 votos a 16.
O escândalo ocorre em meio ao debate sobre a possível nova reeleição de Uribe.
Em maio, o Senado do país aprovou -sob auspícios do governo- um referendo que, se aceito pela Justiça, questionará a população quanto à possibilidade de o presidente concorrer, em 2010, a um terceiro mandato consecutivo. Com alta popularidade, Uribe faz suspense sobre seu interesse em disputar, mas, em maio, disse que a reeleição seria "inconveniente".

Com agências internacionais

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