São Paulo, quarta-feira, 19 de julho de 2006

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Itamaraty arma novo comboio para resgate

CLÁUDIA DIANNI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Ministério das Relações Exteriores começou a preparar um novo comboio para retirar brasileiros do Líbano, mas não tem previsão de quando o próximo avião sairá do Brasil nem onde irá aterrissar, porque vários brasileiros já cruzaram as fronteiras para Amã e Damasco.
Segundo o Itamaraty, cem brasileiros chegaram a Damasco e entre 50 e 60, a Amã nos últimos dias, mas o governo ainda não tem a informação mais importante: o número de brasileiros no Líbano que precisam de ajuda.
O embaixador Everton Vieira Vargas disse que o consulado em Beirute ainda não informou quantos já o procuraram. "Estamos tendo muitas dificuldades. As condições logísticas são precárias, e as pessoas estão saindo das aldeias sob bombardeio. Não há condições logísticas nem de segurança para mandar um ônibus buscá-las em cada aldeia."
Os diplomatas estão tendo dificuldades de comunicação com a embaixada e o consulado, por causa dos estragos que os bombardeios já causaram à infra-estrutura do país. Outra dificuldade é o número de funcionários. Em Beirute, há ao todo nove. Em Damasco, são três funcionários, e em Amã, quatro.
"A segunda retirada será mais complexa. Nós dependemos de autorização para sobrevoar e para pousar e é preciso contratar ônibus de agências conhecidas para buscar as pessoas nas aldeias", disse. Ele explicou que a o avião da FAB que chegou ontem ao Brasil passou por trâmites mais rápidos porque já estava na África.
Vargas disse que o governo tem orientado os brasileiros a decidirem se querem esperar ajuda do governo ou se preferem deixar o país por meios próprios. "Muitos são libaneses e brasileiros e têm um sentimento de nacionalidade no Líbano também."


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