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ORIENTE MÉDIO
Homem-bomba se explode e deixa uma vítima; israelense é alvejado e Israel mata palestino na Cisjordânia
Após 6 semanas sem ataques, 2 israelenses são mortos
DA REDAÇÃO
Após seis semanas sem atentados, ontem um homem-bomba se explodiu no norte de Israel, matando um policial israelense. Horas antes, em outra ação, um atirador palestino disparou contra um carro, matando um israelense perto de Jenin (Cisjordânia).
Ainda ontem, dois palestinos foram mortos. Um deles foi morto por tropas israelenses na vila de Tamoun (Cisjordânia). Na mesma região, foi morto um palestino por outros palestinos que o acusavam de colaborar com Israel.
O suicida palestino se explodiu perto de um ponto de ônibus na cidade de Umm al Fahm, a apenas 2 km da fronteira entre Israel e a Cisjordânia. Acredita-se que ele quisesse embarcar em um ônibus, mas o artefato preso a seu corpo
explodiu antes, atingindo uma viatura da polícia israelense.
A região foi cenário de vários atentados justamente por sua
proximidade com a Cisjordânia. Em alguns dos recentes atentados
contra ônibus israelenses, os terroristas embarcaram nesse ponto.
Desse local também é fácil chegar
a cidades do norte de Israel, como
Hadera, palco de vários ataques.
O último ataque de extremistas
palestinos contra israelenses havia acontecido no dia 4 de agosto.
A redução no número de atentados é atribuída pelo governo de
Israel a uma ampla operação do
Exército israelense nas principais
cidades da Cisjordânia. Os militares de Israel assumiram o controle de praticamente todas as grandes cidades, implementando toque de recolher e realizando duras fiscalizações.
Os palestinos afirmam que essas
medidas aumentam o sofrimento
da população e que, se a situação
continuar do mesmo modo, certamente no futuro haverá outros
atentados.
Nenhum grupo assumiu o atentado de ontem. Porém integrantes
do grupo extremista islâmico Hamas deram declarações saudando
o ataque na faixa de Gaza.
Já o ataque em Jenin, que matou
um motorista israelense que passava por uma estrada que levava a
um assentamento, foi assumido
pelas Brigadas dos Mártires de Al
Aqsa, ligado ao Fatah (grupo político de Iasser Arafat).
Ainda ontem, foi encontrado o
corpo de um colono judeu no
norte da Cisjordânia. Acredita-se
que ele tenha sido morto por militantes palestinos, mas não se sabe
quando.
Em outro incidente, autoridades das Nações Unidas tiveram de
procurar abrigo para não serem
vítimas de disparos das forças israelenses no campo de refugiados
de Rafah, na faixa de Gaza. Ninguém ficou ferido.
Ao menos 1.543 palestinos e 593
israelenses morreram na Intifada
(levante palestino contra a ocupação israelense), iniciada em setembro de 2000.
Hebron
Uma bomba colocada anteontem em um jardim-de-infância
em Hebron (Cisjordânia) aumentou a desconfiança de que grupos
extremistas judeus realizem ataques. Apesar de não haver provas,
o Shin Bet (serviço de segurança
interna de Israel) suspeita de que
extremistas judeus ou então colonos estejam por trás do atentado
que feriu cinco crianças palestinas.
O governo de Israel e a ANP
(Autoridade Nacional Palestina)
rejeitaram a proposta de paz feita
pelo denominado quarteto, composto pela ONU, pelos EUA, pela
União Européia e pela Rússia.
Com agências internacionais
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