DA ASSOCIATED PRESS

O casamento gay está se tornando uma das questões mais importantes na disputa eleitoral para a Presidência e o Congresso nos EUA.
Referendos sobre a proibição de casamentos homossexuais estão previstos em 11 Estados, incluindo quatro campos de batalha presidenciais: Arkansas, Ohio, Michigan e Oregon. O assunto divide ainda Oklahoma, Dakotas do Sul e do Norte e Carolina do Sul, onde a disputa pelo Senado está acirrada.
Um grupo independente publicou um anúncio na Dakota do Sul, onde o líder democrata no Senado, Tom Daschle, concorre à reeleição, dizendo que ele se "recusa a proteger o casamento; ele aceita que juízes ativistas liberais o redefinam".
Em Arkansas, o senador republicano Jim Holt transformou o casamento homossexual no tema central de sua campanha contra a democrata Blanche Lincoln. Ele disse que o assunto "é o mais importante" nos EUA.
O presidente George W. Bush apóia uma emenda constitucional proibindo o casamento homossexual.
O candidato democrata à Presidência, John Kerry, apóia o direito de homossexuais de formar uniões civis. Ele é contrário ao casamento gay, mas se opõe a uma emenda que o proíba. Para ele, os Estados devem decidir suas leis de casamento.
Mas as nuances dessa posição se perdem em comerciais breves na TV e panfletos de campanha, e republicanos sugerem que democratas estão abrindo caminho para o casamento gay.
Peter Sprigg, do conservador Family Research Council, disse esperar "um alto comparecimento de pessoas com valores familiares". Para ele, os referendos, por resultarem de sentenças judiciais, não são "uma ferramenta para reeleger Bush".
Mas Cheryl Jacques, da Human Rights Campaign, um grupo de apoio a gays e lésbicas, afirma não ser "coincidência" que, em Estados onde a disputa está acirrada, "estejamos vendo a questão ganhar outdoors e panfletos".


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