São Paulo, quarta-feira, 19 de outubro de 2005

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Nem todos os ditadores foram para os tribunais

JOÃO BATISTA NATALI
DA REPORTAGEM LOCAL

Além de Saddam Hussein, dois outros notórios ex-ditadores enfrentam a Justiça: o general Augusto Pinochet, no Chile, e o sérvio Slobodan Milosevic, desde 2001 numa prisão da ONU, em Haia.
Pinochet, 89, ditador entre 1972 e 1990, esteve em prisão domiciliar em Londres, entre outubro de 1998 e março de 2000. De volta ao Chile, a Justiça decidiu que sua saúde permitia que ele fosse processado por ter mandado matar dissidentes e ter desviado ilegalmente fortunas para os EUA.
Milosevic, 64, comandou a operação de "limpeza étnica" contra bósnios e croatas. O julgamento vem sendo interrompido por sua saúde.
Idi Amin Dada, que governou Uganda entre 1971 e 1979, morreu há dois anos, exilado na Arábia Saudita, sem ter sido julgado pelas possíveis 400 mil mortes durante sua ditadura.
Mengistu Haile Mariam foi o ditador comunista da Etiópia, de 1977 a 1991. Durante o "terror vermelho", foram mortos milhares de dissidentes. Está no Zimbábue, que rejeita o pedido etíope para extraditá-lo.
O Senegal se recusa a extraditar Hissene Habré, que aterrorizou o Chade de 1982 a 1990 e é acusado de genocídio contra grupos partidários da Líbia, que ocupou parte de seu país.
O general Suharto, 84, por 32 anos ditador da Indonésia, teria furtado US$ 45 bilhões. Foi deposto em 1998, e seu julgamento foi suspenso por sua saúde precária.


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