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SAIBA MAIS
Nem todos os ditadores foram para os tribunais
JOÃO BATISTA NATALI
DA REPORTAGEM LOCAL
Além de Saddam Hussein,
dois outros notórios ex-ditadores enfrentam a Justiça: o
general Augusto Pinochet,
no Chile, e o sérvio Slobodan
Milosevic, desde 2001 numa
prisão da ONU, em Haia.
Pinochet, 89, ditador entre
1972 e 1990, esteve em prisão
domiciliar em Londres, entre outubro de 1998 e março
de 2000. De volta ao Chile, a
Justiça decidiu que sua saúde permitia que ele fosse
processado por ter mandado matar dissidentes e ter
desviado ilegalmente fortunas para os EUA.
Milosevic, 64, comandou a
operação de "limpeza étnica" contra bósnios e croatas.
O julgamento vem sendo interrompido por sua saúde.
Idi Amin Dada, que governou Uganda entre 1971 e
1979, morreu há dois anos,
exilado na Arábia Saudita,
sem ter sido julgado pelas
possíveis 400 mil mortes durante sua ditadura.
Mengistu Haile Mariam
foi o ditador comunista da
Etiópia, de 1977 a 1991. Durante o "terror vermelho",
foram mortos milhares de
dissidentes. Está no Zimbábue, que rejeita o pedido
etíope para extraditá-lo.
O Senegal se recusa a extraditar Hissene Habré, que
aterrorizou o Chade de 1982
a 1990 e é acusado de genocídio contra grupos partidários da Líbia, que ocupou
parte de seu país.
O general Suharto, 84, por
32 anos ditador da Indonésia, teria furtado US$ 45 bilhões. Foi deposto em 1998, e seu julgamento foi suspenso
por sua saúde precária.
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