DA REDAÇÃO

Cerca de 50 mil partidários do líder radical xiita Moqtada Sadr participaram ontem em Bagdá de passeata contra a suposta prorrogação, até 2011, da permanência dos EUA no Iraque.
O protesto, com slogans hostis aos americanos, tomou por base acordo em negociação entre o governo americano e as autoridades locais. Segundo fontes dos dois países, além de fixar a retirada, o acordo diz que o governo iraquiano não poderá processar militares americanos, exceto por abusos cometidos quando eles não estiverem em suas funções.
Existem hoje cerca de 144 mil militares americanos no Iraque, além de 8.000 militares de outras nacionalidades.
Sadr e seus seguidores querem a retirada imediata americana e qualificam de "um atentado à soberania do Iraque" a imunidade judicial oferecida aos militares estrangeiros. O acordo negociado será submetido ao Parlamento iraquiano, que poderá adotá-lo ou rejeitá-lo, sem poder, no entanto, fazer modificações ao texto.