Sujeitas às mesmas regras de ingresso na polícia que os homens, elas têm promessa de isonomia salarial

DO ENVIADO A BAGDÁ

A primeira turma de mulheres oficiais da polícia iraquiana tem formatura marcada para o dia 11 de novembro -até então elas só têm acesso a cargos de baixa patente.
Os requisitos para o recrutamento das oficiais são os mesmos que os dos homens: diploma de graduação universitária, boa capacidade física e mental e antecedentes limpos.
O governo afirma que elas disputarão os mesmos postos que seus colegas homens e terão salários iguais aos deles.
A Folha visitou uma sala da Academia de Policia de Bagdá onde ocorria uma aula teórica sobre revista de suspeitos.
Cerca de metade das meninas não usavam véu.
Racha, 31, orgulha-se de se tornar em breve a primeira jornalista iraquiana a ocupar um cargo de chefia na polícia do país. "Pretendo atuar na área de relações públicas", diz.
Formada em psicologia, Nasrin, 30, afirma não ter medo de ser alvejada por insurgentes, e insiste em que a função é compatível com os planos de se casar e ter filhos.
Questionada se era xiita, sunita ou curda, Racha foi direta, numa resposta que encerra os valores que o governo tenta implantar na Academia de Polícia: "sou iraquiana". (SA)


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