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Distribuição de renda é alçada a prioridade
DE PEQUIM
O estímulo do crescimento
do consumo interno e a redução da crescente desigualdade estão entre as principais
metas econômicas da China
para os próximos cinco anos,
segundo o plano nacional
2011-2015 aprovado ontem
pelo Partido Comunista.
"A participação da renda
pessoal na distribuição da
renda nacional deve ser aumentada, e a participação da
remuneração do trabalho na
distribuição primária também deve ser elevada", diz o
comunicado de ontem.
O texto fala ainda em "relações de trabalho harmoniosas" e em criar "mecanismos para expandir o consumo doméstico".
"A grande diferença do décimo-segundo Plano Quinquenal é que os planos anteriores se baseavam principalmente em criar um país rico,
enquanto este enfatiza a criação de riqueza para a população", afirmou Yang Weiming, vice-secretário-geral
do Comitê de Desenvolvimento Nacional e Reforma, à
imprensa estatal chinesa.
Apesar do elevado crescimento das últimas três décadas ter tirado 500 milhões de
pessoas da pobreza, a segunda maior economia do mundo ficou bem mais desigual.
Um estudo do Centro de
Distribuição de Renda e Pobreza da Universidade Normal de Pequim mostra que os
10% mais ricos ganharam 23
vezes mais do que os 10%
mais pobres em 2007. Em
1998, a elite econômica ganhava 7,3 vezes mais do que
os mais pobres.
O comunicado prevê ainda
que a China "participe ativamente" na governança econômica mundial e na cooperação regional, além de
"abrir mais para o mundo e
melhorar a sua estrutura de
comércio exterior".
O plano quinquenal ainda
está em sua fase preliminar,
sem números estabelecidos
para os objetivos.
Até fevereiro, ficará pronta
a versão completa. (FM)
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