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DIPLOMACIA
Em discurso, presidente americano dirá que o uso da força "às vezes é necessário e nunca é a primeira escolha"
Bush começa tensa viagem ao Reino Unido
DA REDAÇÃO
O presidente George W. Bush
aterrissou ontem à noite em Londres para uma histórica e constrangedora visita ao seu principal
aliado na Guerra do Iraque, o premiê Tony Blair. Apesar da honra
de ter sido convidado para uma
visita de Estado, sua passagem pelo Reino Unido deve ser marcada
por protestos antiguerra e pelo
forte esquema de segurança.
Bush e sua mulher, Laura, foram recebidos no aeroporto de
Heathrow pelo príncipe Charles.
De lá seguiram de helicóptero até
o Palácio de Buckingham, na região de central de Londres, onde
ficariam por três dias como hóspedes da rainha Elizabeth 2ª.
Por questões de segurança, no
entanto, parte do cerimonial de
uma visita de Estado foi cancelada, como o tradicional passeio na
carruagem real.
Convidado em junho do ano
passado -quando a Guerra do
Iraque ainda não era iminente-,
Bush é o primeiro presidente
americano a ser homenageado
com uma visita de Estado desde
Woodrow Wilson (1913-21).
Para prevenir ataques terroristas, foram colocadas barreira de
concreto em volta do palácio. A
polícia britânica escalou cerca de
14 mil policiais para os três dias de
visita - quase o triplo do que havia sido inicialmente planejado.
Organizadores dos protestos dizem que reunirão até 100 mil pessoas. O ponto alto está previsto
para amanhã, quando será derrubada uma imagem de Bush na
Trafalgar Square, em alusão à estátua de Saddam Hussein destruída em 9 abril.
No discurso previsto para hoje,
Bush deve dizer aos britânicos
que em algumas ocasiões é necessário o uso de força militar, segundo um assessor do presidente.
"Ele dirá que temos de reconhecer que há vezes em que o uso da
força é necessário e que nunca é a
primeira escolha", disse o assessor. O discurso será feito para
uma platéia convidada em vez ser
proferido no Parlamento, onde o
impopular Bush correria o risco
de ser interrompido.
Pesquisa
Duas pesquisas publicadas ontem mostram resultados contraditórios sobre a popularidade de
Bush em seu país. Segundo levantamento feito pelo Gallup, 47%
desaprovam o governo Bush; a
aprovação chega a 50%. A margem de erro é de seis pontos percentuais para cima ou para baixo.
Na outra pesquisa, publicada
pela rede de TV "ABC News" e
pelo "Washington Post", Bush é
aprovado por 57% dos americanos. A margem de erro é de três
pontos percentuais.
Com agências internacionais
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