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Cargo de chanceler também é alvo de disputa acirrada
DE GENEBRA
A cacofonia na União Europeia não se deve só à disparidade de tendências e alinhamentos políticos. Pesa o jogo de interesses que envolve outros
quadros no bloco -um país não
será contemplado com dois
postos.
O principal é o de chanceler
(alto representante da União
Europeia para Assuntos Exteriores e Segurança). Até agora,
a UE conta com três representantes de política externa e um
corpo diplomático magro ligado à Comissão Europeia. Com a
mudança, essa força crescerá
para 7.000 diplomatas até 2013
e terá embaixadas próprias.
Também aí a corrida se embola. O britânico David Miliband foi o primeiro nome a
emergir, mas o atual líder em
apoios parece ser o ex-premiê
italiano Massimo D'Alema -o
que pode ser bom para o Brasil,
dada sua amizade com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Socialista, D'Alema precisa
driblar a desconfiança da centro-direita e dificuldades com a
língua caras ao cargo: ele não
fala inglês e tropeça no francês.
A presidência do Banco Central Europeu e alguns comissariados (como o de comércio)
também são cobiçados -a primeira, sobretudo pelos alemães, que se abstiveram de
propor nomes para os dois cargos de maior prestígio.
(LC)
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