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Petrobras renegociará, prevê Garcia
DO ENVIADO A LA PAZ
Na capital boliviana para acompanhar o processo eleitoral, o assessor da Presidência para assuntos internacionais, Marco Aurélio
Garcia, disse ontem que haverá
uma "negociação global" entre a
Petrobras e o próximo presidente
do país e previu que a campanha
eleitoral viabilizará a "legitimidade" do novo governo.
"Não faremos nenhum comentário. Vamos esperar que saia o
novo presidente e então haverá
uma negociação global com a Petrobras, não só sobre as refinarias
mas também sobre os planos da
empresa na Bolívia", disse Garcia
à Folha, sobre a proposta de nacionalizar duas refinarias da Petrobras, feita por Evo Morales,
primeiro colocado nas pesquisas,
e de aumentar o preço do gás vendido ao Brasil, de Jorge Quiroga,
seu principal adversário.
Desde o agravamento da crise
boliviana, em 2003, quando a chamada "guerra do gás" provocou a
queda do presidente Gonzalo
Sánchez de Lozada e deixou ao
menos 60 mortos, a Petrobras e
suas sócias já adiaram investimentos estimados em US$ 3 bilhões no país.
Principal interlocutor do governo Lula no país, Garcia está na Bolívia na condição de representante
do Brasil na missão de observadores do Mercosul. Ele elogiou a
tranqüilidade e disse acreditar na
possibilidade de um "resultado
expressivo".
"Depois de todo esse período de
instabilidade que a Bolívia viveu,
as eleições ocorreram num clima
de absoluta tranqüilidade, no
qual os candidatos puderam expressar seus pontos de vista" disse
Garcia, enquanto visitava um
centro de votação instalado dentro do colégio Brasil.
"De um modo, geral, foi oferecido para o eleitorado boliviano um
conjunto de propostas que vai
permitir que haja legitimidade na
próxima Presidência. É bem possível que o resultado seja suficientemente expressivo para que não
seja confrontado com esse dilema
de transferir a decisão para o Congresso", afirmou.
(FM)
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