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Fotografias de 1980 em Los Angeles captam momento em que Barry virou Barack
Lisa Jack/Time via Bloomberg News
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Foto inédita de Obama publicada pela "Time"; na época, ele era calouro na universidade
DO "INDEPENDENT"
Quando um jovem estudante de 19 anos que chamava
a si mesmo de Barry Obama
apareceu numa pequena universidade de Los Angeles em
1980, ele tinha uma coisa em
mente: conhecer garotas.
Mas o habilidoso jogador
de basquete descobriu logo
que as garotas do campus não
queriam esportistas. Então,
ele saiu do time de basquete
do Occidental College e adquiriu uma nova personalidade: Barry desapareceria para
dar lugar a Barack.
Foi mais ou menos nessa
época que Lisa Jack, uma fotógrafa aspirante, o abordou e
perguntou se ele posaria para
fotos de seu portfólio. Do primeiro encontro, Lisa se lembra somente que "ele era uma
graça. Do que mais uma garota de 20 anos se lembraria?".
No dia das fotos, ele apareceu de chapéu Panamá e jaqueta de couro. Em uma, aparece sentado numa cama como Jimi Hendrix. Em outra,
com um cigarro, parece o escritor que achava que seria.
As fotos ficaram perdidas
por 28 anos. Somente quando
provocada por um amigo que
não acreditava na história, Lisa decidiu perseguir os negativos. Quando os achou, ficou
"sem fôlego" com as imagens
do jovem Obama.
"Dá para ver que no início
ele está apenas posando, mas
depois começa a se soltar",
disse ela à revista "Time", que
anteontem nomeou Obama a
personalidade de 2008. "Ele
era muito carismático, mesmo naquela época."
No furor da campanha presidencial, Lisa preocupou-se
com o possível uso das fotos
por rivais de Obama: depositou os negativos numa caixa
de segurança para só abri-la
depois das eleições. "Essas fotos são históricas e devem ser
compartilhadas", afirma Lisa,
que hoje é psicóloga.
O período de Obama no Occidental College foi um dos
que mais contribuiu para seu
desenvolvimento intelectual,
como conta no seu livro de
memórias "A Origem dos
Meus Sonhos". "As escolas
que freqüentei não eram voltadas para o atletismo. Para
ficar com as garotas, você tinha que ser o cara mais inteligente na cafeteria, e não o
melhor em quadra."
Durante um debate intenso, uma estudante negra, Regina, o chamou para a leitura
de "O Coração das Trevas", de
Joseph Conrad, dizendo que
o livro era "racista". Ela perguntou sobre seu nome, Barack. Ele se lembra de ter dito
que significa "abençoado" em
árabe e que seu avô paterno
era muçulmano. "Você se importa que o chame de Barack?", Regina perguntou.
Como David Mendell, biógrafo de Obama, assinala,
neste ponto o jovem deve ter
pensado o seguinte: "As mulheres devem preferir Barack
a Barry". Obama se lembra de
ter sorrido para Regina: "Não,
desde que você pronuncie
certo". Este foi o fim de Barry.
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