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SUCESSÃO NOS EUA / GUERRA DEMOCRATA
Obama tem em Wisconsin oitava vitória consecutiva
Pressão aumenta sobre Hillary, para quem êxito em Texas e Ohio em março é vital
Senadora por NY confabula para conquistar delegados de rival, diz site; na disputa republicana, John McCain mantém ciclo de triunfos
DANIEL BERGAMASCO
DE NOVA YORK
Barack Obama avançou ontem em seu recente favoritismo na disputa democrata pela
candidatura à Casa Branca ao
ganhar a primária do Estado de
Wisconsin, em sua oitava vitória seguida nos EUA desde a Superterça, em 5 de fevereiro.
Aproximadamente duas horas e meia após o fechamento
das urnas, com 82% de apuração, o senador por Illinois tinha
58% dos votos, contra 41% da
ex-primeira-dama Hillary
Clinton, segundo a CNN.
"A mudança que buscamos
ainda está a meses e milhas de
distância, e precisamos do bom
povo do Texas para chegarmos
lá", disse ele em um discurso
em Houston, já em campanha
para as prévias no Texas e em
Ohio, em 4 de março. "A mudança é possível e nunca precisamos mais dela do que agora."
Do lado republicano, a rede
CNN projetou pouco após o fechamento das urnas que o senador John McCain venceria a
prévia no Estado de Wisconsin.
À 1h45 de hoje em Brasília, com
81% de apuração, ele contabilizava 54% da preferência, contra 37% do ex-pastor batista
Mike Huckabee.
Os resultados no "caucus"
democrata do Havaí, também
realizado ontem, não haviam
sido divulgados até o fechamento desta edição.
Mesmo antes da derrota, Hillary Clinton se viu ontem envolvida com outra notícia negativa -a acusação de que sua
equipe não está jogando limpo
nos bastidores da campanha.
O site Politico.com, um dos
mais importantes dos EUA, publicou artigo em que o colunista Roger Simon diz que a campanha da senadora traçou uma
manobra para trazer para o seu
lado os delegados já conquistados por Obama.
Na mira não estariam os superdelegados -figuras importantes da agremiação, como
John Kerry e Al Gore, que votarão em quem quiserem na convenção democrata em agosto,
em Denver-, mas os delegados
comuns, adquiridos segundo os
resultados nas primárias.
Até antes das prévias de ontem, Obama tinha 1.102 delegados e Hillary, 978. Wisconsin e
o Havaí distribuirão, respectivamente, 74 e 20 delegados.
A campanha de Hillary negou a informação veiculada pelo colunista, que foi baseada em
uma única fonte. Os partidos
não proíbem os delegados de
mudarem o voto apesar de representarem determinado candidato, mas a atitude é malvista. "Não há regra obrigando o
delegado do Obama a votar nele, e com isso alguém pode mudar de lado com a promessa de
um cargo na Casa Branca", afirmou à Folha a analista política
Pippa Norris, da Universidade
Harvard.
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