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Senador americano visita Gaza e recebe carta do Hamas a Obama
DA REDAÇÃO
Na primeira viagem de uma
autoridade americana à faixa
de Gaza desde que o Hamas,
classificado como terrorista
por Washington, assumiu o
controle do território, em
2007, o democrata John Kerry,
presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado,
visitou ontem bairros bombardeados por Israel na ofensiva
que matou 1.300 palestinos.
Kerry não se encontrou com
nenhum representante do Hamas, mas recebeu, via ONU,
uma carta do grupo para o presidente Barack Obama. O conteúdo não foi divulgado.
O senador e ex-candidato
presidencial disse que o Hamas
"precisa deixar claro que quer a
paz e tem que saber que qualquer nação atingida por foguetes durante anos irá responder". Sua visita, disse, "não indica nenhuma mudança no tratamento dado ao Hamas. Viemos para escutar e aprender".
O grupo respondeu que a visita "é um passo na direção certa para terminar o isolamento
de Gaza", mas descreveu os comentários de Kerry como "injustos ante a escolha democrática dos palestinos" -referindo-se às eleições legislativas
vencidas pelo Hamas em 2006.
Enquanto isso, Israel bombardeou seis túneis no sul de
Gaza, supostamente usados para contrabando, em resposta a
novo lançamento de foguete.
Não houve vítimas.
Europa
O jornal britânico "The Independent" relatou que países
europeus iniciaram recentemente diálogo direto com o Hamas. Dois senadores franceses
foram a Damasco há duas semanas para uma conversa com
o líder do grupo, Khaled Meshaal, e dois parlamentares britânicos estiveram em Beirute
com Usamah Hamdan, representante do Hamas no Líbano.
Hamdan disse que, desde o
começo do ano passado, legisladores da Suécia, da Holanda e
de três outros países da Europa
Ocidental realizaram consultas
com representantes do Hamas.
"Eles acreditam que tenham
cometido um erro ao proscrever o Hamas", disse, em referência à decisão da União Europeia, em 2003, de incluir a ala
política do movimento em sua
lista de organizações terroristas. "Agora sabem que precisam conversar com o Hamas."
Com agências internacionais
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