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Força Delta "caçará" ditador iraquiano
DA REDAÇÃO
Grupos de soldados americanos da Força Delta, com equipamentos de alta tecnologia e fotos de seus alvos, desembarcarão nas
imediações de Bagdá o mais rápido possível para realizar a missão
mais complexa da guerra: capturar ou matar Saddam Hussein.
Segundo o jornal "USA Today", a força de elite de 360 homens (tão
secreta que o governo insiste em negar sua existência) recebeu a incumbência de caçar e, se preciso, matar Saddam, seus filhos Qusai e
Udai e uma dúzia de militares e membros da cúpula do regime.
Os comandos, que se encontram no Kuait, na Jordânia, na
Arábia Saudita e no norte do Iraque, têm sido treinados para essa
missão pela CIA há vários anos.
Mas não será fácil achar o líder
iraquiano em seus abrigos e túneis subterrâneos. Acredita-se
que ele tenha pelo menos três sósias, nunca durma duas noites seguidas no mesmo local e seja protegido por cerca de 30 mil seguranças de elite.
Para atingir o objetivo, os EUA
estão monitorando o uso de telefones celulares ou por satélite e estão fotografando e vigiando os palácios presidenciais na capital e na
cidade natal do ditador, Tikrit. O
monitoramento é feito por satélites, aviões-espiões e por forças especiais, já atuantes no país há algumas semanas. Agentes jordanianos estariam trabalhando junto com os EUA, apesar da oposição pública da Jordânia à guerra.
Os EUA também tentam obter a
colaboração de militares e civis
iraquianos que possuam informações que levem à captura de
Saddam e de seu círculo. A CIA
fez isso em 2001 no Afeganistão,
ao pagar chefes locais que ajudaram a derrubar o Taleban (milícia
extremista islâmica que controlava o país e mantinha laços estreitos com a rede Al Qaeda).
Mas, até agora, a recompensa de
US$ 25 milhões prometida a
quem delatasse Osama Bin Laden
não foi entregue a ninguém. E o líder da rede terrorista responsável
pelos atentados de 11 de setembro
continua desaparecido.
Os comandos da Força Delta serão transportados por helicóptero
e, assim que chegarem a Bagdá,
utilizarão computadores para interromper as redes de comunicação e de energia sem danificá-las
de forma irreversível. Em seguida,
coordenarão suas ações com
bombardeios aéreos de possíveis
esconderijos de Saddam. O objetivo é minimizar as baixas entre a
população civil e evitar destruir a
infra-estrutura da capital.
Se Saddam tentar fugir, seu
comboio será bombardeado ou
atacado pelos comandos especiais. Caso se esconda em zonas
residenciais, as forças de elite terão de realizar buscas casa a casa.
O mais provável é que o ditador
resista em Bagdá. Cerca de 10 mil
guardas republicanos (os mais
fiéis ao regime) teriam sido deslocados para a capital.
O maior temor é que, ao se ver
acuado, Saddam use armas de
destruição em massa contra as
forças invasoras. Grupos da Força
Delta também foram escalados
para localizar e assumir o controle
de eventuais arsenais de armas
químicas, biológicas e/ou nucleares. Segundo o jornal "The New
York Times", os EUA enviaram à
região especialistas em armas
não-convencionais e em desarmamento para ajudar a neutralizar os arsenais iraquianos.
Para os EUA, localizar as armas
não-convencionais iraquianas é
fundamental não apenas para impedir que venham a ser usadas
contra suas forças, mas para provar à comunidade internacional
que a intervenção no Iraque era
necessária e justificada.
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