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São Paulo, quinta-feira, 20 de março de 2003

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França se diz "chocada" com ataques de Blair

DA REDAÇÃO

O governo francês protestou contra a "campanha britânica" para culpar o presidente Jacques Chirac pelo colapso dos esforços diplomáticos para desarmar Saddam Hussein.
O chanceler francês, Dominique de Villepin, ligou para seu colega britânico, Jack Straw, para se queixar dos ataques feitos por Tony Blair em seu discurso de anteontem no Parlamento -o premiê definira como "equivocada e perigosa" a política externa da França.
"As autoridades francesas ficaram chocadas e entristecidas com as declarações de membros do governo britânico", declarou Villepin. "As palavras usadas não são dignas de um país que é um amigo e parceiro europeu", completou.
Os diários franceses "Le Monde" e "Le Figaro" publicaram editoriais contra Blair. A resposta do premiê veio via porta-voz, que afirmou: "Mantemos o que foi dito".
Em novo debate no Parlamento, Blair reafirmou que a queda de Saddam é a meta da operação militar: "Se a única forma de retirar do Iraque suas armas de destruição em massa for derrubar o regime, então este será o nosso objetivo".
Seu governo perdeu ontem mais seis assessores parlamentares, que se demitiram por causa do apoio à guerra.
O premiê recebeu o apoio da comunidade iraquiana em Londres. Um grupo levou à casa de Blair cartas de felicitação por sua política externa. Em contrapartida, cerca de 50 ativistas protestaram contra a guerra em frente à casa do chanceler Jack Straw.
Ainda ontem, o governo britânico orientou a população a ter em casa comida enlatada, água engarrafada, lanternas, pilhas e cobertores extras. E fez alerta global: "O risco de ataques terroristas em locais públicos, incluindo pontos turísticos, será alto durante a ação militar no Iraque".


Com agências internacionais


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