|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
França se diz
"chocada" com
ataques de Blair
DA REDAÇÃO
O governo francês protestou
contra a "campanha britânica"
para culpar o presidente Jacques Chirac pelo colapso dos
esforços diplomáticos para desarmar Saddam Hussein.
O chanceler francês, Dominique de Villepin, ligou para seu
colega britânico, Jack Straw,
para se queixar dos ataques feitos por Tony Blair em seu discurso de anteontem no Parlamento -o premiê definira como "equivocada e perigosa" a
política externa da França.
"As autoridades francesas ficaram chocadas e entristecidas
com as declarações de membros do governo britânico", declarou Villepin. "As palavras
usadas não são dignas de um
país que é um amigo e parceiro
europeu", completou.
Os diários franceses "Le
Monde" e "Le Figaro" publicaram editoriais contra Blair. A
resposta do premiê veio via
porta-voz, que afirmou: "Mantemos o que foi dito".
Em novo debate no Parlamento, Blair reafirmou que a
queda de Saddam é a meta da
operação militar: "Se a única
forma de retirar do Iraque suas
armas de destruição em massa
for derrubar o regime, então
este será o nosso objetivo".
Seu governo perdeu ontem
mais seis assessores parlamentares, que se demitiram por
causa do apoio à guerra.
O premiê recebeu o apoio da
comunidade iraquiana em
Londres. Um grupo levou à casa de Blair cartas de felicitação
por sua política externa. Em
contrapartida, cerca de 50 ativistas protestaram contra a
guerra em frente à casa do
chanceler Jack Straw.
Ainda ontem, o governo britânico orientou a população a
ter em casa comida enlatada,
água engarrafada, lanternas,
pilhas e cobertores extras. E fez
alerta global: "O risco de ataques terroristas em locais públicos, incluindo pontos turísticos, será alto durante a ação
militar no Iraque".
Com agências internacionais
Texto Anterior: Dividida, UE debaterá crise iraquiana Próximo Texto: Grampos agravam tensão na UE Índice
|