São Paulo, quinta-feira, 20 de março de 2008

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CONFLITO COLOMBIANO

Farc atribuem ataque a EUA e negam ter ajuda de Caracas

DA REDAÇÃO

As Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) questionaram ontem, em comunicado, a veracidade de documentos retirados de computadores de Raúl Reyes, ex-número 2 da guerrilha morto em bombardeio, e negaram ter recebido dinheiro da Venezuela.
A guerrilha também disse que o ataque, em solo equatoriano, foi uma ação do Comando Sul do Exército dos EUA e um "flagrante desrespeito à lei internacional".
"Nem com blindagem [os computadores] poderiam ter resistido ao bombardeio que pulverizou tudo ao redor", diz nota lida na rede de TV estatal venezuelana Telesur.
Bogotá anunciou ter apreendido dois laptops de Reyes no acampamento, dos quais retiraram fotos e textos que supostamente ligam as Farc aos presidentes Hugo Chávez (Venezuela) e Rafael Correa (Equador).
Em um dos textos, as Farc diziam que Caracas lhes havia dado US$ 300 milhões. "Não recebemos nem dólares nem armas de ninguém", diz a nota das Farc, que afirma não ser "segredo" que o movimento compartilha a ideologia bolivariana de Chávez. A pedido da Colômbia, a Interpol (polícia internacional) faz uma perícia nos computadores.
Em outra nota, desta vez na internet, as Farc disseram que, dias antes de morrer, Reyes preparava um encontro com enviados do governo francês, que, por sua vez, tentariam agendar uma reunião entre a guerrilha e o presidente do país, Nicolas Sarkozy, para discutir a situação da refém franco-colombiana Ingrid Betancourt.
Ontem a polícia do Peru anunciou ter detido dois supostos guerrilheiros, enquanto confrontos entre as Farc e o Exército provocaram o deslocamento de 320 pessoas no sul da Colômbia.


Com agências internacionais


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