São Paulo, domingo, 20 de março de 2011 |
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Egípcios fazem fila para votar reforma constitucional Potencial futuro candidato a presidente, ElBaradei é hostilizado e impedido de votar DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS Os egípcios foram em massa às urnas ontem decidir se aprovam as emendas constitucionais propostas pelo governo militar que pretende liderar a transição do país à democracia. O processo começou há mais de um mês, quando o ditador do Egito, Hosni Mubarak, que governava havia 30 anos, foi deposto por grandes protestos realizados principalmente na praça Tahrir, no Cairo. Mais de 45 milhões de cidadãos estão aptos a votar em cerca de 54 mil seções eleitorais, segundo os organizadores. Houve longas filas, que duraram horas. Na cédula, os eleitores escolhem entre "sim" ou "não" para o pacote inteiro de emendas. Entre elas estão a que impõe ao presidente um limite de dois mandatos de quatro anos cada um e um prazo de até 60 dias após a posse para a escolha do vice. Há ainda referências à obrigatoriedade de supervisão judicial nas eleições e de aprovação de parlamentares para qualquer declaração de estado de emergência. "Nunca tinha visto tantos eleitores. Finalmente, o povo egípcio percebeu que o seu voto têm importância", disse o vice-premiê Yahya al Gamal, após votar. Se o pacote for aprovado, a eleição poderá ocorrer já nos próximos meses ou no começo do ano que vem. Para os críticos, o curto prazo dá vantagem ao partido de Mubarak e à Irmandade Muçulmana, os dois mais organizados grupos políticos do país. Os resultados sairiam entre a noite de ontem e hoje. HOSTILIZADO O Exército informou que colocaria 37 mil homens nas ruas, para assegurar a tranquilidade na votação. Mesmo assim, segundo a agência de notícias Reuters, um grupo hostilizou e impediu o Nobel da Paz e candidato potencial a presidente Mohamed ElBaradei de votar. Ele foi cercado sob gritos de "não o queremos, não o queremos" logo após entrar na fila para votar. Na saída, seu carro teve os vidros quebrados por pedradas. Texto Anterior: Opinião: e cima, discernimento entre quem é aliado e quem é inimigo é inviável Próximo Texto: Rubens Ricupero: Decepção na estreia Índice | Comunicar Erros |
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