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IRAQUE SOB TUTELA
Funcionário de empresa de segurança sofre queimaduras e fraturas, mas seu estado de saúde é estável
Brasileiro é ferido em ataque no Iraque
CLÁUDIA DIANNI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O paulista Luiz Augusto Branco,
funcionário de uma empresa de
segurança, foi ferido em um atentado contra o comboio em que
viajava, no fim de semana, no Iraque. Segundo o Itamaraty, Branco
está fora de perigo.
O ministério não informou detalhes sobre as atividades do brasileiro no Iraque nem sobre a origem da empresa para a qual ele
trabalha. Segundo uma nota divulgada pela assessoria de imprensa do Itamaraty, Branco sofreu queimaduras e fraturas, além
de outros ferimentos, mas está
consciente, e seu estado é estável.
O brasileiro foi transferido para
Amã, capital da Jordânia, para receber tratamento. Como a Embaixada do Brasil no Iraque está fechada desde a Guerra do Golfo,
em 1991, o governo foi informado
sobre o ferimento do brasileiro
pelo chefe do Núcleo Iraque, que
funciona em Amã, o ministro
Paulo Joppert Crissiuma. Mas o
governo não deu detalhes sobre o
local do atentado.
De acordo com a nota, o Itamaraty mobilizou as representações
brasileiras na região para prestar
assistência ao brasileiro. O embaixador brasileiro no Kuait, Mario
Roiter, localizou Branco em um
hospital no Iraque e visitou o brasileiro. A família de Branco já foi
informada.
Branco é o terceiro brasileiro vítima da violência no Iraque. No
dia 22 de janeiro, o engenheiro da
construtura Norberto Odebrecht
João José de Vasconcellos Jr. desapareceu em Beiji. O grupo insurgente Brigadas al Mujahidin
assumiu a autoria do suposto seqüestro, mas até agora, segundo o
Itamaraty, não foi feito contato.
Na semana passada, o "Jornal
Nacional" chegou a noticiar que o
engenheiro teria sido morto e que
o grupo que realizou o seqüestro
teria pedido um resgate de US$
400 mil para liberar o corpo do
engenheiro. A Rede Globo atribuiu a informação a uma fonte
britânica não identificada.
O chanceler Celso Amorim não
confirmou a informação. "Não
recebemos nenhuma informação
formal nem houve nenhum contato. Portanto, não temos razão
para não continuar investigando", disse na semana passada.
A primeira vítima brasileira no
Iraque foi o brasileiro Sérgio Vieira de Mello, morto em uma explosão explosão que atingiu a sede
das Nações Unidas em Bagdá, em
agosto de 2003.
Funcionário de carreira da Nações Unidas, Vieira de Mello havia assumido o posto de representante da ONU no Iraque em maio.
Ele havia sido indicado pelo secretário-geral da ONU, Kofi
Anann, para um trabalho semelhante ao que realizou em Timor
Leste, onde foi o administrador de
transição entre 1999 e 2002 e coordenou os trabalhos que permitiram que Timor se transformasse
em um país independente.
Carro-bomba
Um carro-bomba colocado do
lado de fora de um centro de recrutamento do Exército iraquiano e outros ataques mataram pelo
menos dez pessoas e feriram mais
de 50 ontem, em mais um dia de
violência no Iraque.
A explosão do carro-bomba
matou ao menos seis iraquianos.
Dois deles soldados. O grupo terrorista Al Qaeda no Iraque assumiu a autoria do atentado.
Com agências internacionais
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