São Paulo, quarta-feira, 20 de abril de 2005

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IRAQUE SOB TUTELA

Funcionário de empresa de segurança sofre queimaduras e fraturas, mas seu estado de saúde é estável

Brasileiro é ferido em ataque no Iraque

CLÁUDIA DIANNI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O paulista Luiz Augusto Branco, funcionário de uma empresa de segurança, foi ferido em um atentado contra o comboio em que viajava, no fim de semana, no Iraque. Segundo o Itamaraty, Branco está fora de perigo.
O ministério não informou detalhes sobre as atividades do brasileiro no Iraque nem sobre a origem da empresa para a qual ele trabalha. Segundo uma nota divulgada pela assessoria de imprensa do Itamaraty, Branco sofreu queimaduras e fraturas, além de outros ferimentos, mas está consciente, e seu estado é estável.
O brasileiro foi transferido para Amã, capital da Jordânia, para receber tratamento. Como a Embaixada do Brasil no Iraque está fechada desde a Guerra do Golfo, em 1991, o governo foi informado sobre o ferimento do brasileiro pelo chefe do Núcleo Iraque, que funciona em Amã, o ministro Paulo Joppert Crissiuma. Mas o governo não deu detalhes sobre o local do atentado.
De acordo com a nota, o Itamaraty mobilizou as representações brasileiras na região para prestar assistência ao brasileiro. O embaixador brasileiro no Kuait, Mario Roiter, localizou Branco em um hospital no Iraque e visitou o brasileiro. A família de Branco já foi informada.
Branco é o terceiro brasileiro vítima da violência no Iraque. No dia 22 de janeiro, o engenheiro da construtura Norberto Odebrecht João José de Vasconcellos Jr. desapareceu em Beiji. O grupo insurgente Brigadas al Mujahidin assumiu a autoria do suposto seqüestro, mas até agora, segundo o Itamaraty, não foi feito contato.
Na semana passada, o "Jornal Nacional" chegou a noticiar que o engenheiro teria sido morto e que o grupo que realizou o seqüestro teria pedido um resgate de US$ 400 mil para liberar o corpo do engenheiro. A Rede Globo atribuiu a informação a uma fonte britânica não identificada.
O chanceler Celso Amorim não confirmou a informação. "Não recebemos nenhuma informação formal nem houve nenhum contato. Portanto, não temos razão para não continuar investigando", disse na semana passada.
A primeira vítima brasileira no Iraque foi o brasileiro Sérgio Vieira de Mello, morto em uma explosão explosão que atingiu a sede das Nações Unidas em Bagdá, em agosto de 2003.
Funcionário de carreira da Nações Unidas, Vieira de Mello havia assumido o posto de representante da ONU no Iraque em maio. Ele havia sido indicado pelo secretário-geral da ONU, Kofi Anann, para um trabalho semelhante ao que realizou em Timor Leste, onde foi o administrador de transição entre 1999 e 2002 e coordenou os trabalhos que permitiram que Timor se transformasse em um país independente.

Carro-bomba
Um carro-bomba colocado do lado de fora de um centro de recrutamento do Exército iraquiano e outros ataques mataram pelo menos dez pessoas e feriram mais de 50 ontem, em mais um dia de violência no Iraque.
A explosão do carro-bomba matou ao menos seis iraquianos. Dois deles soldados. O grupo terrorista Al Qaeda no Iraque assumiu a autoria do atentado.


Com agências internacionais

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