|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Arafat diz que houve "genocídio" e pede ação de forças internacionais
DA REDAÇÃO
Iasser Arafat, presidente da Autoridade Nacional Palestina
(ANP), classificou as ações de Israel em Rafah como "genocídio" e
pediu o envio de forças internacionais "para proteger o povo palestino".
"Convoco o Quarteto [Nações
Unidas, Estados Unidos, Rússia e
União Européia], os países árabes, a Organização da Conferência Islâmica e o Conselho de Segurança da ONU a tomar as decisões
necessárias para enfrentar esses
crimes atrozes", disse Arafat na
abertura de uma reunião de
emergência da liderança palestina
em Ramallah (Cisjordânia).
"A retirada de Gaza significa a
sua destruição? Já disse que essa
retirada era fictícia. São crimes de
guerra. Dispararam mísseis contra uma multidão. Um massacre
que fere todos os princípios humanos, civilizados e políticos.
Eles devem prestar contas", afirmou Arafat.
O secretário-geral da ONU, Kofi
Annan, disse a repórteres ter recebido telefonema de Arafat no qual
o líder palestino pediu que "a
ONU e a comunidade internacional façam algo".
Em viagem à Espanha, o primeiro-ministro palestino, Ahmed
Korei, e o premiê José Luis Rodríguez Zapatero pediram um imediato cessar-fogo na faixa de Gaza. "Esses crimes que se cometem
diariamente contra o nosso povo
expressam e refletem que não há
desejo de paz por parte de Israel.
Quando Israel fizer um cessar-fogo encontrará em nós um interlocutor confiável", afirmou Korei.
"Trata-se de um crime de guerra, com todas as implicações do
termo, cometido por Israel contra
nosso povo. É inacreditável que se
disparem mísseis contra uma
multidão indefesa que se manifesta de forma pacífica", disse Saeb
Erekat, ministro palestino das Negociações com Israel.
O secretário-geral da Liga Árabe, Amr Musa, pediu que a comunidade internacional condene o
"massacre". Ele ainda lamentou o
silêncio de"alguns importantes
setores internacionais".
O Fatah (grupo político de Korei e Arafat) convocou uma greve
geral de três dias na faixa de Gaza.
Com alto-falantes, ativistas do Fatah em Gaza comunicaram a decisão, "em sinal de dor pelos mártires do campo de refugiados de
Rafah e Tal al Sultan [bairro da cidade]". Manifestantes queimaram pneus em protesto. Em Belém, cerca de mil palestinos fizeram uma passeata.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Oriente Médio: Israel mata dez durante protesto em Gaza Próximo Texto: Frase Índice
|