São Paulo, quinta-feira, 20 de maio de 2004

Texto Anterior | Índice

MISSÃO DA ONU

Governo defende a liderança brasileira

Senado autoriza envio de missão brasileira para estabilizar Haiti

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Após uma maratona de quase 13 horas, o Senado brasileiro autorizou ontem o envio de 1.200 militares para a missão da ONU no Haiti. Também ampliou em 125 militares o contingente brasileiro em Timor Leste.
O envio de tropas ao Haiti causou polêmica, mas acabou aprovado por 38 votos a 10. A senadora Heloísa Helena (sem partido-AL) afirmou que o Brasil ""vai legitimar um golpe dado no Haiti, com a destituição de Jean-Bertrand Aristide".
A Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (Minustah) foi aprovada por resolução do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) em 30 de abril.
O Brasil vai liderar o comando da missão, que tem como objetivo ajudar o governo transitório a manter a ordem e a reformar o aparelho de segurança, dar segurança aos funcionários da ONU e apoiar a democracia no país.
O líder do governo, Aloizio Mercadante (PT-SP), disse que atender ao convite da ONU ""reafirmará o compromisso do Brasil com os propósitos da Carta das Nações Unidas, reforçando sua presença junto àquele organismo e demonstrando capacidade para pleitear o assento permanente no Conselho de Segurança".
O líder do PDT, Jefferson Péres (AM), disse ser um ""paradoxo" o Brasil querer policiar o Haiti quando não garante a segurança do Rio de Janeiro. Já o líder do PFL, José Agripino (RN), chegou a questionar os custos da missão -R$ 150 milhões- mas mudou de idéia após conversar com o comandante do Exército, general Francisco R. de Albuquerque.


Texto Anterior: América Latina: Oviedo anuncia volta ao Paraguai
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.