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MISSÃO DA ONU
Governo defende a liderança brasileira
Senado autoriza envio de missão brasileira para estabilizar Haiti
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Após uma maratona de quase
13 horas, o Senado brasileiro autorizou ontem o envio de 1.200
militares para a missão da ONU
no Haiti. Também ampliou em
125 militares o contingente brasileiro em Timor Leste.
O envio de tropas ao Haiti causou polêmica, mas acabou aprovado por 38 votos a 10. A senadora Heloísa Helena (sem partido-AL) afirmou que o Brasil ""vai legitimar um golpe dado no Haiti,
com a destituição de Jean-Bertrand Aristide".
A Missão de Estabilização das
Nações Unidas no Haiti (Minustah) foi aprovada por resolução
do Conselho de Segurança da
ONU (Organização das Nações
Unidas) em 30 de abril.
O Brasil vai liderar o comando
da missão, que tem como objetivo
ajudar o governo transitório a
manter a ordem e a reformar o
aparelho de segurança, dar segurança aos funcionários da ONU e
apoiar a democracia no país.
O líder do governo, Aloizio
Mercadante (PT-SP), disse que
atender ao convite da ONU ""reafirmará o compromisso do Brasil
com os propósitos da Carta das
Nações Unidas, reforçando sua
presença junto àquele organismo
e demonstrando capacidade para
pleitear o assento permanente no
Conselho de Segurança".
O líder do PDT, Jefferson Péres
(AM), disse ser um ""paradoxo" o
Brasil querer policiar o Haiti
quando não garante a segurança
do Rio de Janeiro. Já o líder do
PFL, José Agripino (RN), chegou
a questionar os custos da missão
-R$ 150 milhões- mas mudou
de idéia após conversar com o comandante do Exército, general
Francisco R. de Albuquerque.
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