TARIQ SALEH
DE BEIRUTE

Autoridades libanesas informaram ontem que a professora brasileira Samira Mahmoud Mazloum foi morta na terça-feira em confrontos entre o grupo oposicionista Hizbullah e facções governistas no Vale do Bekaa, no leste do Líbano.
Segundo a família, Mazloum foi até a sacada de seu apartamento quando violentos combates eclodiram nas imediações. "Ela foi ver o que se passava e acabou atingida por um tiro", relatou o primo da vítima, Abdo Nadi, também brasileiro.
A professora era natural de Guarulhos (SP) e tinha quatro filhos, dois dos quais ainda moram no Brasil. "Foi uma tragédia, ela não tinha nada a ver com as brigas políticas", afirmou Nadi.
Além da brasileira, outras duas pessoas foram mortas e quatro ficaram feridas. Segundo moradores, os tiros vieram de militantes da oposição.
O Líbano vem enfrentando uma delicada situação de segurança, apesar da assinatura no mês passado de um acordo que pôs fim a meses de violentos conflitos entre facções étnico-religiosas e permitiu a eleição de Michel Suleiman ao cargo de presidente, que estava vago desde novembro do ano passado.
A tensão vem crescendo pois as facções não conseguem um acordo sobre a formação de um governo de unidade nacional.


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