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Cristina anula licença de empresa de Clarín
Fibertel é provedora de serviços de internet
GUSTAVO HENNEMANN
DE BUENOS AIRES
O governo da presidente
argentina Cristina Kirchner
anulou ontem a licença de
operação da empresa Fibertel, que pertence ao Grupo
Clarín e oferece serviços de
internet a mais de 1 milhão
de clientes.
O anúncio alimentou a
guerra declarada entre o governo e o Clarín, que detém
grande parte do mercado nacional de TV, rádio, meios
gráficos e telecomunicações.
Há dois anos, a cobertura
jornalística do grupo é explicitamente contrária ao governo, que ataca com ações administrativas e uma nova lei
de mídia, aprovada em 2009
e atualmente suspensa pela
Justiça.
Segundo o ministro do Planejamento, Julio De Vido, a
licença foi anulada porque o
capital social da empresa foi
absorvido por outra companhia do grupo, a Cablevisión,
sem a autorização da Secretaria das Comunicações, que
regula o mercado.
Com a fusão, a empresa
que havia sido licenciada em
2003 deixou de existir, na interpretação do governo, e o
uso atual da licença pela Cablevisión é irregular. De Vido
deu um prazo de 90 dias para
que os clientes encontrem
um novo provedor.
Em nota, a empresa disse
que a medida é "claramente
abusiva e faz parte de um
plano de travas e hostilização administrativa do governo" contra o Clarín.
O grupo disse que a transferência de licença de uma
companhia para a outra foi
aprovada por outro órgão do
Executivo e que recorrerá à
Justiça para reverter a decisão anunciada ontem.
Ainda segundo o Clarín, o
governo pretende anular a
competição no setor de internet para favorecer companhias estrangeiras aliadas.
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