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Impasse segue na Bolívia após 2º dia de sessão
DA REDAÇÃO
O impasse entre o governo
boliviano e a oposição em
torno da convocação dos dois
referendos para a aprovação
do novo texto constitucional
continuava ontem no segundo dia da sessão extraordinária no Congresso. A marcha
dos camponeses pró-La Paz
iniciada na última segunda-feira estava prevista para
chegar hoje à capital.
A avaliação era de que o
maior entrave ao acordo é a
possibilidade de reeleição
prevista no texto. Os governistas defendem que o presidente Evo Morales inicie um
mandato sob a nova Carta, se
aprovada, e possa ser reeleito, ficando até 2019 no cargo.
A oposição, porém, considera que ele já terá cumprido
um primeiro termo.
O MAS (Movimento ao Socialismo), de Morales, possui
maioria no Congresso, mas
não os dois terços necessários para a convocação do referendo, previsto para dezembro.
A sessão conjunta, iniciada
no sábado após sucessivos
adiamentos, foi monopolizada no primeiro dia pela discussão do estado de sítio no
departamento de Pando, decretado em 12 de setembro
após a morte de ao menos 18
pessoas em enfrentamentos.
Prevaleceu, ao final, a posição governista de manutenção do estado de sítio.
Paralelamente à sessão,
uma comissão legislativa,
com representantes das
principais forças políticas do
Legislativo, tentava chegar a
um acordo sobre quais artigos da nova Carta, aprovada
de forma polêmica no ano
passado, seriam modificados. Estima-se que 100 dos
400 pontos do texto possam
sofrer alterações.
Em evento comemorativo
aos 460 de La Paz, Morales
disse que é "obrigação do
Congresso" convocar os referendos. Enquanto isso, os
cerca de 10 mil participantes
da marcha pró-Morales encontravam-se aproximadamente 30 quilômetros ao sul
da capital e planejavam chegar hoje ao Congresso para
pressionar a oposição por
um acordo com o governo.
Com agências internacionais
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