São Paulo, terça-feira, 20 de outubro de 2009

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ÁFRICA

EUA prometem incentivos em troca de pacificação do Sudão

DA ASSOCIATED PRESS

O governo dos EUA anunciou ontem que mudará sua política de isolamento ao governo do Sudão, oferecendo incentivos em troca de avanços na pacificação do país.
Em comunicado, o presidente Barack Obama pediu "urgência" para dar fim ao genocídio na região de Darfur e para que o Sudão não seja "abrigo de terroristas". Mas, mesmo prometendo diálogo, disse que renovará nesta semana as sanções ao governo de Cartum.
Como pano de fundo há a divergência pública entre o enviado especial de Obama ao Sudão, Scott Gration, e a embaixadora dos EUA na ONU, Susan Rice. Ele prega tolerância ao ditador sudanês, Omar al Bashir- listado como "patrocinador de terrorismo" pelos EUA-, por considerá-lo chave para resolver o impasse em Darfur. Rice resiste a isso.
Em março, Bashir recebeu ordem de prisão do Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra e contra a humanidade, entre outros. Estima-se que o conflito em Darfur, que opõe rebeldes a milícias pró-governo, tenha deixado 300 mil mortos e 2 milhões de refugiados.
Segundo a nova política, os EUA não falarão diretamente com Bashir, mas sim com membros de seu governo, para implementar um plano de paz de 2005. "Se houver avanços, haverá incentivos [não especificados]. Caso contrário, aumentará a pressão [ao Sudão]", disse a chanceler Hillary Clinton.


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