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ÁFRICA
EUA prometem incentivos em troca de pacificação do Sudão
DA ASSOCIATED PRESS
O governo dos EUA anunciou ontem que mudará sua
política de isolamento ao governo do Sudão, oferecendo
incentivos em troca de avanços na pacificação do país.
Em comunicado, o presidente Barack Obama pediu
"urgência" para dar fim ao
genocídio na região de Darfur e para que o Sudão não
seja "abrigo de terroristas".
Mas, mesmo prometendo
diálogo, disse que renovará
nesta semana as sanções ao
governo de Cartum.
Como pano de fundo há a
divergência pública entre o
enviado especial de Obama
ao Sudão, Scott Gration, e a
embaixadora dos EUA na
ONU, Susan Rice. Ele prega
tolerância ao ditador sudanês, Omar al Bashir- listado
como "patrocinador de terrorismo" pelos EUA-, por
considerá-lo chave para resolver o impasse em Darfur.
Rice resiste a isso.
Em março, Bashir recebeu
ordem de prisão do Tribunal
Penal Internacional por crimes de guerra e contra a humanidade, entre outros. Estima-se que o conflito em
Darfur, que opõe rebeldes a
milícias pró-governo, tenha
deixado 300 mil mortos e 2
milhões de refugiados.
Segundo a nova política, os
EUA não falarão diretamente com Bashir, mas sim com
membros de seu governo,
para implementar um plano
de paz de 2005. "Se houver
avanços, haverá incentivos
[não especificados]. Caso
contrário, aumentará a pressão [ao Sudão]", disse a chanceler Hillary Clinton.
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