São Paulo, segunda-feira, 20 de dezembro de 2004

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Autora é pouco conhecida no Brasil

DA REDAÇÃO

Não é fácil encontrar os livros de Beatriz Sarlo no Brasil. Pouco traduzida aqui, seu nome costuma circular só em ambientes acadêmicos. A editora da UFRJ acaba de reeditar "Cenas da Vida Pós-Moderna" (R$ 27, 193 págs.), em que analisa o mercado cultural, a TV e a juventude na Argentina.
Crítica à atuação dos intelectuais na sociedade contemporânea, Sarlo lança, no livro, uma provocação, ao afirmar que cometeram tantos erros que foram vencidos pelos "especialistas", acadêmicos descompromissados com a atuação fora de sua área de expertise. Defende que o papel do intelectual seja redimensionado ("Hoje, se algo pode definir a atividade intelectual, seria a interrogação sobre aquilo que parece inscrito na natureza das coisas, a fim de mostrar que não são inevitáveis").
Colunista do jornal "Clarín", dirige a revista "Punto de Vista", fundada em 1978, em meio à ditadura. Dá aulas na Universidade de Buenos Aires e já lecionou nos EUA (Columbia e Berkeley) e na Inglaterra (Cambridge).
Aspectos da cultura argentina permeiam toda sua obra. Escreveu tanto sobre a influência da TV e do entretenimento de massa na sociedade argentina como sobre ícones da literatura, como Sarmiento, Borges e Cortázar. (SC)


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