São Paulo, segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

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Bloqueio de Israel deixa 800 mil sem luz em Gaza

DA REDAÇÃO

A Cidade de Gaza ficou às escuras depois que a única usina termoelétrica da faixa ficou sem combustível para gerar energia ontem. A falta de combustível acontece poucos dias depois que Israel bloqueou as fronteiras com o território palestino e empreendeu uma ofensiva militar contra o movimento Hamas, que controla o território, em retaliação aos lançamentos de foguetes contra israelenses.
"Pelo menos 800 mil pessoas estão no escuro", afirmou Derar Abu Sissi, diretor geral da usina. "A catástrofe vai afetar hospitais, clínicas médicas, poços de água, casas, fábricas, todos os aspectos da vida."
Moaiya Hassanain, do Ministério da Saúde palestino, afirmou que os hospitais locais teriam de escolher entre cortar a eletricidade de maternidades, de alas de cirurgias cardíacas ou interromper todas as salas de operação devido à crise.
A central elétrica parada é responsável por até um terço da energia da faixa de Gaza.
O Ministério das Relações Exteriores israelense afirmou que o restante da energia usada na faixa, fornecido diretamente por Israel e pelo Egito, continuaria fluindo normalmente. Arye Mekel, porta-voz do ministério, disse que o apagão é exagerado e fruto de uma "farsa do Hamas" para gerar simpatia. Segundo ele, "tudo voltaria ao normal" se os militantes parassem de atirar foguetes.
A União Européia, que financia o combustível usada na usina, confirmou porém que o carregamento de domingo fora bloqueado e que as reservas estavam esgotadas.
A ONU e grupos de direitos humanos condenaram o fechamento das fronteiras e alertaram Israel pelo fato de ter imposto uma "punição coletiva e ilegal" contra os 1,5 milhão de moradores da faixa de Gaza.


Com Reuters e Associated Press


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