São Paulo, sexta-feira, 21 de janeiro de 2011 |
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Acre é rota de entrada de haitianos no país FREUD ANTUNES COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM RIO BRANCO (AC) Haitianos em fuga após o terremoto que atingiu o país há um ano, seguido de uma epidemia de cólera, elegeram o Acre como rota de entrada no Brasil. A explicação, segundo autoridades, é a falta de fiscalização na região. Segundo a Superintendência da Polícia Federal no Estado, 76 haitianos chegaram ao Acre e pediram refúgio no Brasil desde abril de 2010. Nos anos anteriores, nenhum haitiano havia pedido tal status no Estado. Porém, nem todos procuram a polícia. Segundo representantes do Conare (Comitê Nacional para os Refugiados), órgão vinculado ao Ministério da Justiça, o Estado tem mais de 150 haitianos. Segundo o secretário estadual da Justiça, Henrique Corinto, os haitianos contam que, depois de passar pela República Dominicana, embarcam para o Equador, de onde seguem para o Peru. "De Puerto Maldonado [Peru], eles entram na fronteira do Brasil das formas mais diversas, mas muitos deles vêm caminhando por Assis Brasil [cidade na fronteira]", disse o secretário. Renato Zerbini, membro do Conare, disse que os haitianos não estão sendo considerados refugiados, pois imigração por causa de catástrofe não garante esse status. Zerbini afirmou que a escolha do Acre ocorreu após os chamados "coiotes" -criminosos pagos para fazer o transporte ilegal de pessoas- notarem uma menor fiscalização das fronteiras. Antes, as entradas preferidas eram o Amapá, via Guiana Francesa, ou São Paulo. Em Brasileia, (231 km de Rio Branco) há aglomerações de haitianos em praças. Segundo o Conare, o plano da maioria dos imigrantes é viajar para cidades maiores, onde há mais empregos. A Igreja Católica e o governo do Acre passaram a oferecer alimentos e abrigo aos estrangeiros. O padre Rutemarque Crispim disse que desde julho haitianos são abrigados em algumas salas da catequese, a pedido da PF. "Atualmente, eles estão em pousadas, mas estamos organizando um local para abrigar todos, que é o ginásio. Já conseguimos os colchões e os banheiros", disse. Texto Anterior: Brasil se diz preocupado com retorno de Aristide Próximo Texto: EUA e ONU elevam o tom contra Préval Índice | Comunicar Erros |
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