São Paulo, sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

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EUA e ONU elevam o tom contra Préval

DE CARACAS

Os EUA e a ONU elevaram o tom contra o governo haitiano de René Préval e "urgiram" as autoridades eleitorais a "implementar" as recomendações de uma comissão da OEA sobre as indefinidas eleições presidenciais.
O documento, que analisou os resultados da primeira votação em 28 de novembro, prevê retirar o candidato governista do segundo turno.
A atitude do Brasil, um dos maiores doadores para o Haiti e no comando militar da missão da ONU no país, foi distinta.
Em sessão do Conselho de Segurança da ONU, a embaixadora do Brasil, Maria Luiza Ribeiro Viotti, defendeu que os trâmites legais haitianos sejam respeitados e disse que o relatório da OEA seria "muito útil" para as deliberações das autoridades haitianas.
O francês Alain Le Roy, subscretário-geral das Nações Unidas para Operações de Paz, disse que o CEP (Conselho Eleitoral Provisório) deve seguir a recomendação ou o país "enfrentará uma crise constitucional".
Já a embaixadora dos EUA, Susan Rice, cobrou ainda do governo Préval um "cronograma" para a posse do novo governo.
O mandato de Préval termina em 7 de fevereiro, mas ele defende que, como só completa cinco anos no cargo em maio e não há sucessor, poderia ficar no poder até lá.
O CEP afirmou que vai "considerar" o informe da OEA, mas frisou que terá a última palavra.
O relatório foi questionado pelo Centro de Investigação em Economia e Política, em Washington. Para o CEPR, que defende a anulação do pleito, o organismo não pode propor a mudança do resultado com base num estudo por amostragem.


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