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Rebeldes fazem ataque aéreo no Sri Lanka
Aviões dos Tigres Tâmeis, que o governo alegara ter neutralizado, atingem prédios públicos na capital
DA REDAÇÃO
Dois aviões do grupo separatista Tigres Tâmeis bombardearam ontem prédios públicos no centro de Colombo, capital do Sri Lanka, matando pelo menos duas pessoas e ferindo outras 43.
O primeiro ataque aéreo do
grupo desde outubro de 2008
desmentiu a alegação do governo cingalês, que, há duas semanas, anunciara ter inviabilizado
todas as pistas de pouso e aeronaves dos Tigres Tâmeis.
Em janeiro, autoridades relataram o início da investida final
contra os separatistas, pioneiros no emprego de homens-bomba no mundo. Na operação, o Exército reconquistou a
cidade de Kilinochchi, que era a
"capital de fato" dos rebeldes.
Apontado como o único grupo insurgente capaz de promover ataques com aviões no
mundo, o Tigres Tâmeis lutam
por um Estado independente
no norte da ilha, de população
majoritariamente cingalesa
(74%). Cerca de 70 mil pessoas
morreram no conflito nos últimos 25 anos.
Segundo um porta-voz militar, os dois aviões se aproximaram de Colombo pouco depois
das 21h30 (horário local). O governo então determinou o corte de eletricidade na capital e
usou munição traçante (projéteis que deixam rastro luminosos) e baterias antiaéreas.
O Banco Central, o quartel-general da Força Aérea e o
principal prédio do fisco, próximo do palácio presidencial, foram alvejados pelos aviões.
As autoridades relataram terem abatido as duas aeronaves.
Uma caiu atingindo o edifício
do fisco -matou uma pessoa e
feriu outras 43. O outro foi derrubado perto de uma base área
na cidade de Katunayake.
Testemunhas no aeroporto
de Colombo narraram ter ouvido explosões e baterias antiaéreas. Os voos comerciais foram
todos desviados para a Índia,
mas as autoridades não confirmaram que o local tenha sido
atacado.
A despeito de os ataques aéreos dos Tigres Tâmeis terem
historicamente causado mais
medo que danos, os voos elevam o moral das tropas rebeldes, hoje acossadas nas selvas
do noroeste -onde o governo
planeja construir campos controlados por militares para onde serão levados os cerca de
200 mil civis tâmeis da área.
Com agências internacionais e
o "Financial Times"
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