|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
BÁLCÃS
UE não quer que Macedônia negocie com guerrilheiros
Governo macedônio dá ultimato de 24 horas a rebeldes albaneses
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
O governo da Macedônia deu
ontem um prazo de 24 horas aos
rebeldes de origem albanesa para
que se rendam ou deixem o território macedônio, enquanto o Ocidente reiterou sua condenação
aos atos praticados por eles.
O Ministério do Interior informou que, se não fossem atacados,
os militares macedônios não atacariam as bases dos rebeldes na
cidade de Tetovo ao longo do dia
de hoje, a partir da 0h.
"Depois desse prazo, as forças
de segurança macedônias continuarão a atacar com todos os seus
meios as bases dos terroristas até
que elas sejam totalmente destruídas", disse o ministério.
O ultimato foi dado horas depois que o Exército macedônio
começou a usar tanques de guerra
em seus ataques contra as bases
dos rebeldes, que se localizam nas
montanhas existentes na periferia
de Tetovo. Foi a primeira vez que
os macedônios usaram tanques
para atacar os guerrilheiros.
O chefe da diplomacia da União
Européia, Javier Solana, que visitou Skopje para reiterar seu apoio
ao governo macedônio, disse que
os rebeldes não chegariam a lugar
nenhum por meio da violência.
"Nada será obtido com o uso de
violência. Seria um erro negociar
com terroristas, não recomendamos que isso seja feito", disse.
Um grupo de contato internacional, formado por representantes dos EUA, da Itália, da França,
da Alemanha, do Reino Unido e
da Rússia, também busca uma solução para a questão. Segundo o
chanceler italiano, Lamberto Dini, o grupo não mostrará "nenhuma tolerância" em relação aos
guerrilheiros.
Um representante dos rebeldes
disse que eles estão bem escondidos nas montanhas e que suas bases não foram atingidas durante a
ofensiva das forças de segurança
macedônias. "Não temos medo
deles", disse Sadri Ahmeti, um
dos líderes do Exército de Libertação Nacional, da Macedônia.
Os dois principais partidos que
representam a comunidade albanesa da Macedônia assinaram
uma declaração conjunta, em
evento que contou com a presença de Solana, exortando a guerrilha de origem albanesa a abandonar as armas.
"Condenamos o uso de força
para alcançar objetivos políticos",
disseram. Para Solana, trata-se de
um passo importante no sentido
de isolar os guerrilheiros.
Texto Anterior: Paraguai: Brindeiro recomenda extradição de Oviedo Próximo Texto: EUA: Bush diz que EUA não forçarão paz entre palestinos e israelenses Índice
|