São Paulo, sexta-feira, 21 de março de 2008

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POLÊMICA

Ameaça de Bin Laden leva o papa a negar ser antiislâmico

DA REDAÇÃO

Em meio às celebrações da Quinta-Feira Santa -quando lavou os pés de 12 padres para simbolizar a humildade-, o papa Bento 16 disse não haver fundamento nas acusações de liderar uma campanha contra o islã. Anteontem, foi divulgada uma gravação em que o terrorista Osama bin Laden, líder da Al Qaeda, faz a acusação.
O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, disse que não foi uma surpresa Bin Laden mencionar o papa porque ele já fez isso antes. "É absolutamente sem fundamento [acusar] o papa de contribuir a uma falta de respeito pelo islã e seu profeta, Maomé", disse Lombardi.
O comitê antiterrorismo do Ministério do Interior italiano deve se reunir hoje para analisar a mensagem.
Segundo o "New York Times", o Vaticano teme as ameaças de uma reação "severa" às charges que insultariam Maomé -publicadas na Dinamarca em 2006-, sobretudo numa época em que o papa se expõe mais (ele realizará hoje a via-sacra no Coliseu). No início do seu pontificado, Bento 16 se envolveu em polêmica por citar em palestra frase de um imperador bizantino do século 15 em que este criticava Maomé por expandir "pela espada" a sua religião.
Ontem, a rede de TV Al Jazeera divulgou uma nova mensagem de Bin Laden, em que ele "censura" as negociações entre palestinos e Israel e diz que a saída é uma guerra santa.


Com agências internacionais


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