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AVENTURA NO AR
Recorde foi realizado por um suíço e um britânico; o Breitling Orbiter 3 levou 19 dias para viajar 41.810 km
Balão faz 1ª volta ao mundo sem escalas
da Redação
Um balão completou ontem pela
primeira vez na história uma volta
ao mundo sem escalas. O Breitling
Orbiter 3 cruzou às 6h54 (horário
de Brasília) o meridiano de 927"
oeste sobre a Mauritânia, no norte
da África.
O recorde foi batido pela equipe
do suíço Bertrand Piccard, 41, e do
britânico Brian Jones, 51. Eles levaram 19 dias, 1 hora e 49 minutos
para completar a volta e percorreram 41.810 km.
As informações foram divulgadas pelo porta-voz da equipe, Gerard Sermier, em Genebra (Suíça),
sede de controle do vôo.
Após a conclusão da volta, os pilotos continuaram o vôo. Eles queriam passar por Argélia e Líbia e
fazer um pouso no Egito, próximo
ao rio Nilo, completando 47 mil
km de viagem. Até as 17h40 (em
Brasília) de ontem, eles não haviam chegado ao local.
Piccard e Jones partiram, no último dia 1º de março, de Château
d'Oex, nos Alpes da Suíça (veja
quadro nesta página).
A empresa Breitling, especializada em relógios e instrumentos de
precisão, financiou a aventura (o
valor não foi revelado). A sede do
grupo é na Suíça.
Nas últimas horas antes de completar a volta, o balão foi favorecido pelos ventos do oceano Atlântico. A equipe chegou a atingir uma
velocidade de mais de 180 km/h.
A previsão inicial era que o Breitling Orbiter 3 chegasse ao norte da
África ontem à noite, mas a alta velocidade atingida pelo balão antecipou a chegada.
"Ganhamos outra vida. Ainda é
difícil acreditar que realizamos
nosso sonho. Somos como anjos",
disse Piccard ao centro de controle
após o recorde.
O suíço já tinha tentado outras
duas vezes completar a volta ao
mundo, sem sucesso.
Prêmio
Em Washington, o grupo norte-americano Anheuser-Busch confirmou o prêmio de US$ 1 milhão
aos pilotos.
A empresa tinha instituído o prêmio em 1997 para a equipe que
completasse a volta ao mundo sem
escalas.
Na primeira parte da viagem, os
pilotos cruzaram o oceano Pacífico
sem problemas.
A velocidade atingida no trecho
foi de 145 km/h.
Na América Central, as baixas
temperaturas da região atrapalharam a equipe. Piccard e Jones, segundo o britânico Alan Nobles (diretor de vôo da equipe), tiveram
problemas respiratórios por alguns momentos, mas a questão
não impediu a continuidade da
viagem.
O Breitling Orbiter 3 tem 55 metros de altura (a mesma da torre de
Pisa, na Itália) e 8,1 toneladas de
peso (equivalente ao de um avião
de combate).
O correio da Suíça anunciou ontem que emitirá um selo para comemorar a volta ao mundo.
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