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ISRAEL
Soldados destruíram túneis que eram supostamente usados para contrabandear armas do Egito
Operação militar mata 5 palestinos em Rafah
DA REDAÇÃO
Mais de 15 mil pessoas carregando rifles e bandeiras participaram do enterro de cinco palestinos mortos no campo de refugiados de Rafah (faixa de Gaza) durante uma operação militar de Israel. A operação, realizada na madrugada de sábado para domingo, buscava túneis supostamente
usados para o contrabando de armas vindas do Egito.
Segundo o Exército de Israel, os
soldados encontraram e destruíram em Rafah dois túneis com 30
metros de profundidade. Segundo testemunhas, foram demolidas também oito casas, incluindo
a de Mahmoud Abu Shmallah, líder do grupo Hamas em Rafah.
"Rafah é um exemplo dos gestos
de boa vontade de Israel", disse
Abdel-Aziz al Rantissi, do Hamas.
"Nosso povo está convencido de
que Israel quer apenas acordos
[de paz" que atendam aos seus
objetivos. Nosso povo está preferindo a resistência."
Médicos palestinos disseram
que dois dos mortos em Rafah
eram civis -um garoto de 14
anos e um homem de 32. Eles afirmaram que 70 pessoas, incluindo
mulheres e crianças, foram feridas. Gadi Shamni, comandante
das tropas israelenses na faixa de
Gaza, disse que a maioria dos palestinos mortos em Rafah era de
atiradores e que os ferimentos em
civis foram causados por causa da
troca de tiros no enfrentamento.
Desde o início da Intifada (levante palestino contra a ocupação
israelense), há 30 meses, 2.005 palestinos and 733 israelenses foram
mortos em conflitos.
O ataque israelense a Rafah
coincidiu com os esforços que
vêm sendo feitos pelos líderes palestinos para chegar a um acordo,
até quarta-feira, que permita a
Mahmoud Abbas, primeiro-ministro da Autoridade Nacional
Palestina (ANP), obter aprovação
parlamentar para seu gabinete. Se
o prazo não for cumprido, Iasser
Arafat, presidente da ANP, poderá indicar outro líder do Fatah,
seu grupo político, para o cargo.
Os Estados Unidos exigiram
que Arafat fosse afastado e pediram medidas anticorrupção e reformas democráticas na ANP.
Uma vez que o novo governo de
Abbas assuma, o presidente americano, George W. Bush, se compromete a apresentar um plano
de paz que leve à criação de um
Estado palestino em 2005.
Com agências internacionais
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