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ÁSIA
Protestos contra poder do rei já duram duas semanas
Polícia do Nepal mata a tiros 3 manifestantes pró-democracia
DA REDAÇÃO
A polícia do Nepal abriu fogo
ontem contra manifestantes pró-democracia que marchavam em
direção à capital do país, Katmandu, apesar da imposição de um
toque de recolher. Pelo menos
três pessoas morreram e mais de
100 ficaram feridas.
Os protestos já duram duas semanas e desafiam o rei Gyanendra, que tomou o poder em fevereiro do ano passado e dissolveu o
Parlamento. Os nepaleses querem
o retorno da democracia e do
multipartidarismo. Oito pessoas
já morreram nos confrontos.
Por meio de um comunicado, o
Alto Comissariado para os Direitos Humanos da ONU disse que a
resposta do governo aos protestos
era "imperdoável". Segundo o órgão das Nações Unidas, 160 pessoas ficaram feridas.
Em meio aos choques, um enviado do governo da Índia tentava
mostrar otimismo ao dizer que
esperava um anúncio em breve
do rei que ajudasse a resolver a situação. Gyanendra está sob forte
pressão internacional para restaurar a democracia.
O mais grave confronto de ontem ocorreu em Kalanki, nos arredores da capital, onde os três
corpos foram encontrados e mais
de 40 pessoas ficaram feridas, segundo médicos do Hospital Modelo de Katmandu. "A polícia
abriu fogo indiscriminadamente", disse Kundan Aryal, voluntário de um grupo de direitos humanos em Kalanki.
A polícia vinha mantendo Katmandu praticamente deserta com
o toque de recolher, mas os manifestantes continuavam a ameaçar
entrar na cidade.
Com agências internacionais
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