DA REUTERS

Quando o papa João Paulo 2º chegar à capital do Azerbaijão, Baku, amanhã, haverá mais católicos em seu avião do que em todo o país de 7 milhões de pessoas.
Segundo o Vaticano, há 120 fiéis no país, primeira parada de uma viagem de cinco dias que também levará o pontífice à Bulgária.
Há só uma paróquia, um distrito eclesiástico e dois padres. Não há freiras, seminários, escolas católicas ou uma embaixada do Vaticano -o papa vai se hospedar pela primeira vez em um hotel.
Questionado sobre o porquê da visita, o porta-voz do Vaticano, Joaquín Navarrio-Valls, afirmou: "Para citar sir Edmund Hillary, o primeiro homem a chegar ao topo do Everest, "porque está lá'".
Mas a visita pode ter um objetivo político: ajudar o Vaticano a melhorar suas relações com o Azerbaijão, um país rico em petróleo que desempenha um papel importante no Cáucaso.
A visita do papa à Armênia, em setembro, irritou azerbaijanos. Os dois países estão em conflito por causa de Nagorno-Karabakh, um encrave cuja população é majoritariamente armênia, mas que fica dentro do Azerbaijão. O papa recebeu ontem o presidente Fernando Henrique Cardoso.



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