São Paulo, terça-feira, 21 de maio de 2002

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PR terá central de inteligência na tríplice fronteira

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

O governo do Paraná espera para o próximo mês o sinal verde do Ministério da Justiça para a instalação de uma central de inteligência no lado brasileiro da tríplice fronteira com o Paraguai e a Argentina, no oeste do Estado.
A central dará suporte a uma força-tarefa das polícias estaduais e federal, no combate ao tráfico de drogas e armas e contrabando de cargas e equipamentos.
Não há, segundo o governo paranaense, evidências de existência de células terroristas em solo brasileiro -a região tem fortes laços com países árabes.
A comunidade árabe de Foz do Iguaçu tem entre 10 mil e 12 mil integrantes, incluindo libaneses que admitem fazer contribuições em dinheiro ao grupo islâmico Hizbollah.
O governo americano já afirmou que extremistas podem agir na região e, desde os atentados de 11 de setembro, pressionam as autoridades locais a reforçar a segurança na região.
Os investimentos previstos no Plano Nacional de Segurança representam R$ 7 milhões. O valor será destinado a equipar a sede da central em Marechal Cândido Rondon e dotar as polícias de armas e meios de transporte para o combate ao crime organizado. O roubo de carros também estará na mira da força-tarefa.
A central contará com um reforço de R$ 3 milhões, dos quais R$ 2,5 milhões serão bancados pela Itaipu Binacional para o patrulhamento do lago da hidrelétrica. O lago é usado em larga escala para o contrabando.
O secretário da Segurança do Paraná, José Tavares, disse ainda não saber o número de policiais que trabalharão em conjunto, mas afirmou que a operação alcançará sete municípios da região. O raio de atuação será de até 150 km.
O delegado-chefe da Polícia Federal em Foz do Iguaçu, Joaquim Mesquita, disse ontem que as Forças Armadas não comporão a força-tarefa.
Desde o ano passado, segundo Mesquita, a PF trabalha em conjunto com a Receita Federal e as polícias estaduais no combate ao crime na região. No momento, a atenção se concentra no tráfico de drogas. De janeiro até aqui, as polícias apreenderam na região seis toneladas de maconha, vindas do Paraguai, onde o período é de colheita de safra.



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