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GUERRA SEM LIMITES
Alerta na Arábia Saudita inclui também dois consulados; Alemanha e Reino Unido seguem exemplo
Terror leva EUA a fechar embaixada em Riad
FERNANDO CANZIAN
DE WASHINGTON
Os EUA, o Reino Unido e a Alemanha fecharam ontem suas representações diplomáticas na Arábia Saudita, temendo novos e
"iminentes" ataques terroristas
da rede Al Qaeda.
Internamente, o governo de
George W. Bush também elevou
de "amarelo" (elevado) para "laranja" (alto) o indicador para
possíveis ataques em território
americano.
As decisões nos EUA e na Europa foram tomadas depois de um
alerta do FBI (a polícia federal
americana) sobre movimentações da rede Al Qaeda.
"Os recentes atentados no Marrocos e na Arábia Saudita são possivelmente um prelúdio para ataques nos EUA", disse um informe
do FBI que vazou ao público.
O FBI tem 60 agentes na Arábia
Saudita investigando os ataques
da semana passada em Riad. Atribuída à rede comandada por Osama bin Laden, a ação matou 34 pessoas (nove terroristas suicidas), entre elas oito americanos.
Os EUA decidiram fechar por tempo indeterminado a embaixada em Riad e os consulados em Jidda e Dhahran. Há um mês, os
americanos transferiram para o
Qatar mais de 5.000 mil militares
de uma base na Arábia Saudita.
Alertados pelo FBI, os ingleses
decidiram também fechar, mas
apenas por hoje, as suas representações diplomáticas e comerciais.
A Alemanha disse que faria o
mesmo por dois dias.
O indicador de possíveis ataques terroristas nos EUA passou
ao penúltimo grau em sua escala
de cinco cores. Ela vem ganhando
mais críticos, que vêem o mecanismo como uma fonte de "pânico" ou "piada" entre a população.
O "laranja" significa mais policiais nas ruas, aumento no controle em portos e aeroportos e, principalmente, mais gastos para
as administrações estaduais e de
grandes cidades americanas.
Na semana passada, o Departamento de Segurança Interna gastou US$ 15 milhões para realizar
simulações de ataques terroristas
em Chicago e Seattle. Ontem, o
secretário da pasta, Tom Ridge,
foi questionado no Congresso sobre a eficácia dessa medida.
O Congresso começou a examinar um relatório sobre os planos
do Pentágono de desenvolver um
supercomputador capaz de localizar, copiar e armazenas dados
pessoais e corporativos que circulam pela internet. Em fevereiro, os
parlamentares barraram o uso de
algo similar contra americanos.
No Congresso, cresce entre os
democratas, a estratégia de atacar
Bush não apenas na economia,
mas na cobrança de resultados no
combate ao terror, especialmente
após os atentados recentes.
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