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Volta ao terror pós-Guantánamo atinge 14%
Levantamento do Pentágono diz que 1 em cada 7 libertados da prisão retomaram militância antiamericana
Brennan Linsley - 12.mai.09/Associated Press
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Militar observa cela no campo de prisioneiros de Guantánamo
DA REDAÇÃO
Poucas horas depois de o Senado americano vetar a liberação de US$ 80 milhões destinados ao fechamento do campo
de prisioneiros de Guantánamo (em Cuba), o "New York Times" divulgou dados de um
ainda inédito relatório do Pentágono, segundo o qual 1 em cada 7 ex-prisioneiros da base militar "retornaram a atividades
de militância ou terrorismo"
após terem sido libertados.
De acordo com uma cópia do
estudo obtida pelo jornal, "o
Pentágono acredita que 74 [de
534] prisioneiros libertados de
Guantánamo retornaram ao
terrorismo".
O "Times" publicou que o relatório foi disponibilizado por
uma autoridade governamental que simpatiza com suas conclusões, para quem a demora
em divulgar oficialmente o documento criava desnecessárias
teorias conspiratórias.
A publicação oficial do texto
estava prevista para janeiro.
Mas, de acordo com um porta-voz do Pentágono, suas conclusões ainda seguem "sob revisão". Ele disse ainda esperar a
divulgação oficial para breve.
Dois funcionários do governo que falaram ao jornal nova-iorquino na condição de não serem identificados expressaram
que o documento ficou travado
no Departamento da Defesa,
cujos funcionários temem
aborrecer a Casa Branca em razão de seu teor.
Derrota por 90 a 6
Em outro revés aos plano do
presidente Barack Obama, o
Senado vetou, por 90 votos a 6,
a liberação de verba pedida pelo governo para o fechamento
da prisão. Seus colegas no Partido Democrata condicionaram
a aprovação da medida ao
anúncio de um plano detalhado
sobre o destino dos detentos.
Também foi aprovada a proibição do uso de fundos para
transportar os detentos de
Guantánamo para solo americano até 30 de setembro.
Segundo a Casa Branca, isso
não prejudica o cumprimento
da promessa, feita por Obama
de fechar a prisão até janeiro de
2010. Ele tem previsto para hoje um discurso com detalhes
sobre o encerramento das atividades da instituição.
Entretanto, o porta-voz da
Casa Branca, Robert Gibbs,
adiantou que o democrata ainda não sabe para onde mandar
alguns detentos.
A indecisão sobre o destino
dos presos é um dos grandes
obstáculos para o fechamento
da prisão. A quantia vetada pelo
Senado seria usada para realocação dos 241 prisioneiros que
permanecem na base em Cuba.
Muitos deles não podem ser
mandados de volta a seus países sob risco de sofrerem perseguição. E políticos dos dois partidos se opõem a conduzir os
detentos para solo americano.
A despeito do efeito que pode
causar nos EUA, um funcionário do governo que pediu anonimato disse à agência Associated Press que o governo Obama
decidiu julgar em Nova York
-perante uma corte criminal
da Justiça comum- o tanzaniano Ahmed Ghailani. Ele está
detido em Guantánamo, sob
acusação de ter participado de
ataques a bombas que mataram
224 pessoas em duas Embaixadas dos EUA na África em 1998.
Com agências internacionais
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