São Paulo, quinta-feira, 21 de maio de 2009

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CRISE BRITÂNICA

Brown rejeita antecipar pleito por escândalo no Parlamento

DA REDAÇÃO

O premiê britânico, Gordon Brown, rejeitou ontem antecipar as eleições legislativas, previstas para 2010, frente a crescentes pressões nesse sentido da oposição, que tenta atribuir ao governo responsabilidade pelo escândalo do mau uso de verbas.
Em entrevista a uma emissora de televisão, Brown disse que a convocação traria "caos" justamente no momento em que o país enfrenta a crise econômica global. O premiê defendeu, em vez disso, reformas no controle dos gastos parlamentares.
A bandeira da antecipação é defendida com mais ênfase pelo líder do opositor Partido Conservador, David Cameron. "Causaria o caos a eleição de um governo conservador", atacou Brown.
Cameron disse que a afirmação do premiê trabalhista, cujo partido está há 12 anos no poder, "é a admissão de que ele acha que vai perder".
Embora o escândalo respingue em várias legendas, é o Partido Trabalhista o mais atingido. Pesquisas têm dado vantagem de dez pontos percentuais aos conservadores em eventuais novas eleições.
Anteontem, o presidente da Câmara baixa, o trabalhista Michael Martin, tornou-se o primeiro ocupante do cargo a renunciar desde 1695.
Desde as primeiras revelações, há duas semanas, já caíram um subsecretário da Justiça, um conselheiro de Cameron e um ex-ministro trabalhista da Agricultura. Na maioria, os casos tratavam de mau uso de auxílio-moradia e gastos supérfluos.
A Câmara dos Lordes (alta) teve ontem suas primeiras suspensões desde 1642. Os dois membros punidos, porém, não estão relacionados à crise de malversação de verbas -são acusados de ter recebido propina para defender mudanças em leis.


Com agências internacionais


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