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CRISE BRITÂNICA
Brown rejeita antecipar pleito por escândalo no Parlamento
DA REDAÇÃO
O premiê britânico, Gordon Brown, rejeitou ontem
antecipar as eleições legislativas, previstas para 2010,
frente a crescentes pressões
nesse sentido da oposição,
que tenta atribuir ao governo
responsabilidade pelo escândalo do mau uso de verbas.
Em entrevista a uma emissora de televisão, Brown disse que a convocação traria
"caos" justamente no momento em que o país enfrenta a crise econômica global.
O premiê defendeu, em vez
disso, reformas no controle
dos gastos parlamentares.
A bandeira da antecipação
é defendida com mais ênfase
pelo líder do opositor Partido Conservador, David Cameron. "Causaria o caos a
eleição de um governo conservador", atacou Brown.
Cameron disse que a afirmação do premiê trabalhista,
cujo partido está há 12 anos
no poder, "é a admissão de
que ele acha que vai perder".
Embora o escândalo respingue em várias legendas, é
o Partido Trabalhista o mais
atingido. Pesquisas têm dado
vantagem de dez pontos percentuais aos conservadores
em eventuais novas eleições.
Anteontem, o presidente
da Câmara baixa, o trabalhista Michael Martin, tornou-se
o primeiro ocupante do cargo a renunciar desde 1695.
Desde as primeiras revelações, há duas semanas, já caíram um subsecretário da
Justiça, um conselheiro de
Cameron e um ex-ministro
trabalhista da Agricultura.
Na maioria, os casos tratavam de mau uso de auxílio-moradia e gastos supérfluos.
A Câmara dos Lordes (alta) teve ontem suas primeiras suspensões desde 1642.
Os dois membros punidos,
porém, não estão relacionados à crise de malversação de
verbas -são acusados de ter
recebido propina para defender mudanças em leis.
Com agências internacionais
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