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Brasil acolherá cerca de cem refugiados palestinos
DA REDAÇÃO
O governo brasileiro anunciou ontem, durante coletiva
de imprensa em razão do Dia
Mundial do Refugiado, que o
país receberá cerca de cem palestinos que atualmente vivem
em um campo de refugiados
na Jordânia.
De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas
para Refugiados (Acnur), antes de fugirem para a Jordânia,
os palestinos estavam refugiados no Iraque. Tiveram que
abandonar o país em 2003, depois da queda do ditador Saddam Hussein, quando dizem
ter se tornado vítimas de prisões arbitrárias e de torturas.
A vinda dos refugiados palestinos depende agora da
aceitação do governo da Jordânia, que não reconhece os
direitos do grupo. Se autorizada, eles passarão a integrar o
restrito grupo de 3.400 refugiados reconhecidos oficialmente pelo Brasil, segundo dados fornecidos pelo Comitê
Nacional para Refugiados (Conare). A título de comparação,
o Paquistão, país que mais acolhe refugiados, tem 1 milhão
de pessoas em seu território
nessas condições. A Alemanha
abriga 605 mil. Apesar de o
acolhimento de cem pessoas
parecer pequeno para um país
como o Brasil, será o maior
grupo de refugiados recebido
de uma só vez pelo país.
"Entre os grupos de vítimas
do conflito do Iraque, os palestinos são os mais vulneráveis,
já que literalmente não têm
uma pátria e, em muitos casos,
nem sequer documentos de
viagem", disse Luis Varese, representante do Acnur no país.
O grupo deverá chegar ao
Brasil em agosto e será encaminhado a diversas cidades.
Segundo o Conare, o principal destino de refugiados no
Brasil são as metrópoles. Dos
cerca de 3.400 refugiados,
78% vêm da África, 9% vêm da
Europa, 7% são do continente
americano e 6% são asiáticos.
O grupo de refugiados que
mais cresce é o de colombianos, vítimas do conflito que
dura 43 anos no país. Em
2006, foram atendidas 208 solicitações de refúgio no país.
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