São Paulo, quinta-feira, 21 de junho de 2007

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Brasil acolherá cerca de cem refugiados palestinos

DA REDAÇÃO

O governo brasileiro anunciou ontem, durante coletiva de imprensa em razão do Dia Mundial do Refugiado, que o país receberá cerca de cem palestinos que atualmente vivem em um campo de refugiados na Jordânia.
De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), antes de fugirem para a Jordânia, os palestinos estavam refugiados no Iraque. Tiveram que abandonar o país em 2003, depois da queda do ditador Saddam Hussein, quando dizem ter se tornado vítimas de prisões arbitrárias e de torturas.
A vinda dos refugiados palestinos depende agora da aceitação do governo da Jordânia, que não reconhece os direitos do grupo. Se autorizada, eles passarão a integrar o restrito grupo de 3.400 refugiados reconhecidos oficialmente pelo Brasil, segundo dados fornecidos pelo Comitê Nacional para Refugiados (Conare). A título de comparação, o Paquistão, país que mais acolhe refugiados, tem 1 milhão de pessoas em seu território nessas condições. A Alemanha abriga 605 mil. Apesar de o acolhimento de cem pessoas parecer pequeno para um país como o Brasil, será o maior grupo de refugiados recebido de uma só vez pelo país.
"Entre os grupos de vítimas do conflito do Iraque, os palestinos são os mais vulneráveis, já que literalmente não têm uma pátria e, em muitos casos, nem sequer documentos de viagem", disse Luis Varese, representante do Acnur no país.
O grupo deverá chegar ao Brasil em agosto e será encaminhado a diversas cidades.
Segundo o Conare, o principal destino de refugiados no Brasil são as metrópoles. Dos cerca de 3.400 refugiados, 78% vêm da África, 9% vêm da Europa, 7% são do continente americano e 6% são asiáticos.
O grupo de refugiados que mais cresce é o de colombianos, vítimas do conflito que dura 43 anos no país. Em 2006, foram atendidas 208 solicitações de refúgio no país.


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