São Paulo, sábado, 21 de junho de 2008

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análise

Sarkozy tenta impor estilo populista à UE

JOHN LICHFIELD
DO "INDEPENDENT"

O presidente Nicolas Sarkozy adotou a doutrina de Ferdinand Foch, general francês da Primeira Guerra Mundial: "Europa em crise. Situação excelente. Vou atacar".
O desempenho de Sarkozy na cúpula em Bruxelas, nos últimos dias, prenuncia seis meses combativos de presidência francesa da UE. Sarkozy espera que o "não" da Irlanda ao Tratado de Lisboa lhe sirva como "trunfo" para promover uma agenda que mistura liberalismo, pragmatismo, protecionismo e populismo.
Não poderia haver momento melhor, disse ele, "para levar adiante as questões que levantamos, que têm importância prática e imediata para as pessoas comuns". São elas: um "pacto" europeu sobre a política de imigração; ação quanto às alterações climáticas; uma tentativa de conter os preços da energia; e uma reforma das políticas agrícola e de defesa da UE.
O governo francês diz que pretende utilizar seu período na presidência para provar que a UE é uma instituição funcional. Um exemplo, de acordo com Sarkozy, é seu plano de reduzir o imposto sobre a gasolina e o diesel assim que os preços do petróleo no mercado mundial ultrapassem um limite.
Trata-se de uma questão sobre a qual a Europa pode agir rapidamente, e que teria impacto direto sobre a vida cotidiana. A Comissão Européia diz que o corte do imposto que incide sobre o varejo da gasolina prejudicaria os esforços da UE para combater o aquecimento global. Mesmo assim, Sarkozy conseguiu um acordo no sentido de que ele e a comissão devem "estudar" a idéia de uma "limitação" nos impostos.


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