DA REDAÇÃO

Israel matou ontem ao menos quatro palestinos em Gaza como parte da ofensiva para libertar o soldado seqüestrado por grupos radicais palestinos. As ações ocorrem no campo de refugiados de Maghazi, onde Israel iniciou uma incursão terrestre na noite de anteontem. Ao menos um dos palestinos mortos era civil, e outras 12 pessoas ficaram feridas, incluindo uma criança.
Na Cidade de Gaza, o Exército israelense alertou a população de que bombardearia casas que estejam escondendo armas para militantes. "Qualquer um que tenha ou esteja mantendo um arsenal, munição ou armas em sua casa deve destruí-los ou enfrentarão graves conseqüências", diziam os panfletos.
Os combates também prosseguiram pelo segundo dia consecutivo em Nablus, na Cisjordânia, onde tanques e soldados cercaram um complexo de segurança onde supostos militantes estariam se escondendo.
Houve protestos em Nablus em apoio ao Hizbollah. "Nasrallah, querido, ataque Tel Aviv", gritavam os palestinos, em referência ao líder da milícia xiita, xeque Hassan Nasrallah.
Um porta-voz dos Comitês de Resistência Popular, um dos grupos que seqüestraram o soldado, qualificou a ofensiva israelense de fracassada.
"O soldado ainda está desaparecido, e os foguetes continuam a atingir [Israel]", disse Abu Mujahed.