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Irã observou teste de míssil norte-coreano, dizem EUA
Segundo Washington, ao menos um enviado iraniano esteve presente em lançamentos
Teerã não comenta tese de que teria presenciado testes de Pyongyang, mas acusa EUA de obstruir negociações sobre seu programa nuclear
DA REDAÇÃO
Os EUA afirmaram ontem
que iranianos estiveram presentes em um teste de mísseis
na Coréia do Norte, no último
dia 4 -aumentando a preocupação americana com a ligação
entre os dois países, suspeitos
de manter programas secretos
para armas nucleares e classificados pelo presidente George
W. Bush como membros de um
"eixo do mal".
O governo do Irã não respondeu imediatamente à afirmação, mas já havia, mais cedo,
acusado os EUA de tentar obstruir as negociações a respeito
de seu programa nuclear. Teerã
prometeu dar uma resposta
formal no dia 22 de agosto ao
pacote de incentivos oferecido
em 6 de junho por EUA, China,
Rússia, Reino Unido e França,
membros permanentes do
Conselho de Segurança da
ONU, mais a Alemanha.
O secretário-assistente de
Estado dos EUA, Chris Hill,
disse que pelo menos um representante do Irã testemunhou os testes de mísseis na
Coréia do Norte, que, segundo
analistas, é parceira-chave do
programa de mísseis iraniano.
As acusações foram trocadas
enquanto o Conselho de Segurança da ONU discutia uma resolução que determina a interrupção das atividades iranianas
de enriquecimento de urânio
-um processo que pode tanto
produzir combustível para usinas de energia, como Teerã alega estar fazendo, quanto material bélico, como acusam os
EUA e seus aliados.
Novamente, o Irã rejeitou os
apelos internacionais para suspender seu programa.
Washington afirma que Irã e
Coréia do Norte têm colaborado mutuamente e expressou
preocupação com a possibilidade de Pyongyang, com problemas financeiros, vender mísseis e material atômico.
Especialistas dizem que o
míssil iraniano Shahab 3 tem
alcance de até 2.000 km e que é
baseado em um projeto norte-coreano.
Indagado em sessão no Senado americano se iranianos realmente compareceram aos testes na Coréia do Norte, Hill,
que também comanda as negociações entre EUA e Pyongyang, disse que "sim, é como eu
entendo" e que é "totalmente
cabível" a preocupação com o
relacionamento entre os dois
países.
O principal negociador iraniano, Ali Larijani, havia dito
que Teerã está ainda examinando a proposta conjunta dos
seis países para resolver o impasse. Larijani afirmou que
Teerã acredita que as discussões poderiam levar a uma solução da disputa.
"[Mas os EUA] estão tentando criar obstáculos às negociações e a uma solução diplomática sobre esse assunto", declarou Larijani em um comunicado, segundo a TV iraniana.
Com agências internacionais
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