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NOVA YORK
Estudo aponta série de erros no resgate no WTC
SÉRGIO DÁVILA
DE NOVA YORK
Uma investigação encomendada a uma empresa particular pelo
governo americano concluiu que
houve falha humana nos resgates
realizados pela polícia e pelo Corpo de Bombeiros de Nova York
no World Trade Center no dia 11
de setembro.
Segundo relatório divulgado
anteontem pela McKinsey &
Company, a falta de coordenação
entre as duas forças, a precariedade tecnológica de alguns aparelhos usados (como os rádios) e a
rivalidade entre bombeiros e policiais fizeram com que o resgate
fosse menos efetivo e tivesse mais
vítimas, principalmente entre os
próprios soldados envolvidos.
Entre os quase 3.000 mortos naquele dia, contam-se 343 bombeiros, 23 policiais e 74 seguranças
da Autoridade Portuária. Isso levou o prefeito da cidade a fazer
um mea culpa inédito e anunciar
mudanças que passam a valer já
no próximo grande resgate.
"A competitividade entre as
agências é inevitável e mesmo
saudável em alguma medida, mas
isso não pode prejudicar nossa
habilidade em responder a emergências", disse o republicano Michael Bloomberg, cujo cargo era
ocupado por seu colega de partido Rudolph Giuliani quando do
ataque terrorista.
Entre as medidas anunciadas
por ele, estão a instalação de antenas tecnologicamente mais avançadas no topo dos arranha-céus
da cidade, para melhorar a frequência dos rádios dos soldados,
e a inauguração de vôos regulares
de bombeiros em helicópteros como maneira de prevenção.
O fato de a imprensa americana
ter virtualmente ignorado o assunto até a divulgação do relatório também arrancou críticas de
setores da sociedade. "A mídia foi
compreensiva demais com as falhas", disse Charles Jennings, professor de Justiça Criminal da Universidade de Nova York.
Nomes das vítimas
Ontem ainda a prefeitura divulgou sua lista final de vítimas do
ataque ao World Trade Center, a
lista que será lida pelo ex-prefeito
Rudolph Giuliani na cerimônia
do aniversário de um ano. O número oficial agora é 2.819 mortos.
São quatro pessoas a menos do
que a última contagem, pois a anterior incluía o nome de solteira e
de casada de uma mesma mulher
e duas outras pessoas desaparecidas que depois contataram as famílias. Entre os mortos, a maioria
tinha 37 anos (121 pessoas).
A lista completa, com nomes e
idades de cada pessoa, está na internet, no site do "New York Times": www.nytimes.com/ 2002/08/20/nyregion/ 20VICT.html.
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