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ORIENTE MÉDIO
Frente Popular para a Libertação da Palestina promete vingança; violência ameaça novo acordo
Israel mata irmão de líder de grupo palestino
DA REDAÇÃO
Tropas de elite israelenses mataram ontem, em Ramallah, Mohammed Sa'adat, 23, irmão do secretário-geral da Frente Popular
para a Libertação da Palestina
(FPLP), Ahmed Sa'adat.
Segundo o Exército, os soldados
tinham ordens para prendê-lo,
mas ele abriu fogo, feriu dois militares e morreu na troca de tiros.
Ele era suspeito de participar de
ações terroristas da FPLP. Seu irmão Ahmed, principal líder do
grupo, está detido numa prisão
palestina em Jericó. É acusado de
ter organizado uma operação em
Jerusalém que matou o então ministro do Turismo israelense, Rehavam Zeevi, em outubro de 2001.
A ação de ontem pode estimular
a violência e prejudicar os esforços de autoridades israelenses e
palestinas, que começaram a implementar anteontem acordo para a retirada de tropas de Israel de
territórios ocupados. Belém foi a
primeira cidade a ser desocupada,
embora continue cercada.
Integrantes da FPLP prometeram vingança. "Nossa resposta
será dolorida. Os israelenses sabem disso. Eles já experimentaram a nossa resposta após a morte
do secretário-geral Abu Ali Mustafa", declarou Rabah Muhana,
um dos dirigentes do grupo.
Antes do incidente em Ramallah, um soldado israelense que
fazia patrulha perto do assentamento de Neve Dekalim, na faixa
de Gaza, foi morto ao ser atingido
por um atirador do Hamas.
"Eu digo aos líderes palestinos:
se vocês não lidarem com isso,
nós lidaremos", disse o ministro
da Defesa de Israel, Binyamin Ben
Eliezer, exigindo a prisão do atirador. De acordo com os planos
acertados no domingo, Israel
transferirá à Autoridade Nacional
Palestina a responsabilidade pela
segurança na faixa de Gaza e em
Belém. Se a situação for mantida
sob controle nessas áreas, o país
estenderia a retirada a outras cidades da Cisjordânia.
Na mesma área em que morreu
o soldado, o Exército matou um
palestino de 15 anos. Já em Tulkarem, na Cisjordânia, uma ofensiva em busca de suspeitos resultou
na morte de outro palestino -ele
estaria carregando explosivos e
teria trocado tiros com os soldados, na versão israelense.
A continuação da violência
mesmo após o início da implementação do acordo coloca em
dúvida a sua eficácia. Ele deveria
servir como um primeiro passo
rumo a um cessar-fogo na Intifada, o levante palestino iniciado
em setembro de 2000, após o colapso no processo de paz.
Com agências internacionais
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