DE NOVA YORK

Funcionários da ONU em todo o mundo fizeram vigílias para lembrar os mortos no atentado. Em Nova York, uma associação dos funcionários organizou uma homenagem reunindo dezenas de pessoas, inclusive o secretário-geral Kofi Annan.
O sentimento era de tristeza. Mas havia também pensamentos em relação a mudanças na ONU. "Os funcionários vão pedir mais segurança, que é algo que queriam há muito tempo", disse a funcionária Kathaleen Hensel-Bernat.
Ela pondera, porém, que o risco é algo inevitável para quem trabalha nas Nações Unidas. "Uma vez me mandaram ao Congo. Fui metade porque queria ir e metade porque eu queria ajudar as pessoas lá."
A associação que organizou o evento apoiou a continuação do trabalho em Bagdá. "A missão da ONU precisa e vai continuar", dizia o convite do evento. Apenas 2 das mais de 300 pessoas que compõem a equipe internacional da ONU no Iraque comunicaram que querem deixar o país após o atentado.
Houve homenagem às vítimas também nos escritórios da ONU no Quênia, na faixa de Gaza, na Tailândia e nas Filipinas.
A ONU divulgou ontem a lista dos corpos de nove funcionários mortos já identificados. Além do brasileiro Sérgio Vieira de Mello, são dois americanos, dois filipinos, dois egípcios um britânico e um canadense.
Também ontem foi confirmada a morte, no atentado, do pesquisador Arthur Helton, um dos diretores do Council on Foreign Relations, em Nova York. Acredita-se que ele estivesse com seu amigo Vieira de Mello no momento da explosão. (RD)


Texto Anterior: Vieira de Mello deve ser enterrado na França
Próximo Texto: Iraque está "insuportável", diz brasileiro
Índice