São Paulo, segunda-feira, 21 de agosto de 2006

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Militar admite falha diante do Hizbollah

DA REDAÇÃO

O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas de Israel admitiu ontem em Jerusalém que seu país falhou na tentativa de destruir o Hizbollah durante o conflito.
Dirigindo-se ao gabinete israelense, Dan Halutz afirmou que houve ganhos durante a campanha, mas admitiu que o resultado não foi percebido amplamente como uma vitória convincente. "O sentimento do público é de que não houve um nocaute", disse Halutz. "Juntamente com os sucessos, há questões que têm que ser investigadas. Assim como medalhas serão concedidas, também teremos de investigar o oposto", afirmou.
A opinião pública do país mostrou decepção com os desdobramentos da guerra, e a popularidade de Olmert despencou. Na semana passada, o ministro da Defesa, Amir Peretz, indicou uma comissão para avaliar a conduta das Forças Armadas na guerra. Mas o premiê Ehud Olmert foi mais longe, afirmando que criará um grupo para avaliar também a atuação do governo.
"Estamos fazendo consultas para definir a configuração da investigação, e isso deverá chegar a termo nos próximos dias, quando deve ser apresentado ao gabinete", disse Olmert. "O que precisamos fazer agora é completar esse processo, para podermos tirar lições do passado e confrontar a realidade."
Não está claro quais serão os parâmetros adotados pela investigação, mas os ministros de alto escalão, incluindo Olmert, poderão ser chamados para depor.
Halutz não descartou a necessidade de uma investigação mais ampla, mas afirmou que isso poderia "emascular" as Forças Armadas do país.


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