São Paulo, quinta-feira, 21 de setembro de 2006

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Neonazistas se infiltram em manifestações

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
DE BUDAPESTE

Autoridades policiais afirmaram ontem que neonazistas e hooligans (torcedores violentos) têm se infiltrado entre os manifestantes que pedem a renúncia do premiê. Segundo a polícia, entre 1.000 e 2.000 extremistas se misturaram à multidão no protesto de terça-feira.
A ala violenta dos manifestantes espalha pela internet mensagens de ódio e convocações para novas depredações. "Não temos uma cultura violenta, essas depredações não fazem parte do nosso cotidiano", afirma Ezster Nagy, funcionária pública.
Segundo ela, durante os protestos de ontem e anteontem, os hooligans exibiam cartazes com apenas duas demandas: a renúncia do primeiro-ministro e a volta de um time de futebol, o Fradi Ferencváros, para a primeira divisão.
As autoridades disseram ontem que cogitam ordenar um toque de recolher caso a violência continue. O ministro da Justiça, József Petrétei, elogiou a atuação da polícia, que "não usou armas de fogo contra os protestos, como seria normal num passado não muito distante".
Ontem, duas emissoras de TV tiveram suas sedes evacuadas devido a ameaças de bomba. Na segunda, o edifício da TV estatal foi saqueado. Mais de 200 pessoas ficaram feridas e 137 foram detidas em embates com a polícia. (PR)


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