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Brasil diz que ajudará na "evolução" da ilha
DE NOVA YORK
DA ENVIADA ESPECIAL A HAVANA
O Brasil está "pronto" para
cooperar com Cuba durante
o "processo de evolução" da
ilha, afirmou ontem o ministro das Relações Exteriores,
Celso Amorim.
Ele chegou anteontem a
Nova York, após parada em
Cuba, para os debates da Assembleia Geral da ONU.
Amorim não quis detalhar
o conteúdo da carta entregue
ao ditador Raúl Castro, mas
disse que falou com o cubano
sobre a recente liberação de
preços e uma possível cooperação na área de pequenas e
médias empresas.
"Conversamos com liberdade e respeito ao ritmo das
decisões que Cuba venha a
adotar", afirmou.
O Brasil pode enviar uma
força-tarefa do Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) para ajudar a
criar nos cubanos acostumados a mais de meio século de
tutela estatal o chamado espírito "empreendedorista".
Isso inclui ensinamentos
de administração de pequenos e médios negócios, contabilidade, aprimoramentos
de qualidade.
Segundo a Folha apurou,
o governo brasileiro não trabalha com a expectativa de
grandes traumas sociais causados pelo anúncio de demissões em massa.
Na visão brasileira, é necessário averiguar "se" e "como" os novos pequenos negócios se sustentarão, o que
exigirá um período de testes.
Tais efeitos só são esperados
dentro de um ou dois anos.
Desde já, para o Itamaraty,
o mais provável que ocorra é
um aprofundamento da diferenciação social no país
-que já é grande, marcadamente entre o pessoal que
trabalha com turismo, e por
isso recebe em moedas fortes, e os trabalhadores das fábricas e do campo, remunerados em pesos cubanos.
BALANÇO
Sem antecipar o conteúdo
do discurso que abrirá a Assembleia Geral, Amorim disse apenas que é o momento
de fazer um balanço de algumas iniciativas importantes
que o Brasil tomou durante a
gestão petista.
Sobre o não comparecimento do presidente Lula à
Assembleia pela primeira vez
em dois mandatos, disse
que, por causa do calendário
eleitoral, é importante a sua
presença no Brasil.
Ontem, o ministro compareceu a uma reunião sobre o
atual estágio de recuperação
do Haiti.0
(CRISTINA FIBE E LAURA CAPRIGLIONE)
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